João Doria pede desculpas a Lula por ter comemorado sua prisão


Ex-governador João Doria pede desculpas a Luiz Inácio Lula da Silva por comemorar sua prisão em 2018


João Doria, ex-governador de São Paulo e ex-membro do PSDB, fez um pedido público de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suas declarações em abril de 2018, quando celebrou a prisão do petista. Na época, Doria afirmou que a detenção de Lula "lavava a alma dos bons brasileiros" e que ele seria "tratado como todos os outros presidiários". Além disso, declarou que Lula nunca havia trabalhado em sua vida.


Em uma entrevista ao podcast Flow News na sexta-feira (22), o ex-governador reconheceu que suas declarações passadas foram inadequadas e expressou arrependimento: "Aquilo foi uma declaração imprópria e eu não tenho problema em reconhecer. Isso me ajuda a ser uma pessoa melhor, mais respeitada. Eu sei pedir desculpas, sei reconhecer quando eu erro. Não foi uma declaração adequada", afirmou.


As declarações de Doria contra Lula foram feitas quando o ex-presidente foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba após sua condenação.


Doria disse na época: "A decisão da Justiça brasileira de condenar à prisão Luiz Inácio Lula da Silva lava a alma dos bons brasileiros. Lava a alma daquelas pessoas que sabem o valor da Justiça e sabem também das mentiras que Luiz Inácio Lula da Silva colocou, pregou e propagou pelo Brasil."


Ele também respondeu à presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que havia afirmado que a vida de Lula estava em risco sob o governo de Doria em São Paulo: "Fique tranquila, ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei. Inclusive, o seu companheiro Lula, se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar", acrescentou.


O pedido de desculpas de João Doria ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular as condenações de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com o ministro Dias Toffoli alegando que a prisão foi uma "armação" e "um dos maiores erros judiciários da história do país". Toffoli também anulou todas as provas obtidas pelo acordo de leniência da construtora Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

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