Senador Magno Malta Questiona o "Sumiço" das Imagens de 8 de Janeiro no Ministério da Justiça
O senador Magno Malta (PL-ES) levanta questionamentos sobre o desaparecimento das imagens internas do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão das sedes dos Três Poderes.
De acordo com informações divulgadas pelo próprio ministério, essas imagens foram apagadas pela empresa prestadora de serviços responsável pela segurança. Malta observa que o local possui cerca de 100 câmeras de vigilância e ressalta a importância de manter registros por um período mínimo de cinco anos, conforme a lei.
"A lei diz [...] que tem que se manter guardadas imagens por cinco anos - é o mínimo - e, em havendo sigilo ou gravidade, por 25 anos ou 30 anos. Mas a notícia que recebemos é que foram apagadas. Agora pergunto: como prender pessoas se você não tem as imagens para provar que elas depredaram? Como você vai dizer quem era infiltrado e quem era vândalo que, na primeira conversa, era terrorista? Como identificar os terroristas se você não tem imagem?" - questiona o senador Malta.
O senador também critica a postura do ministro da Justiça, Flávio Dino, por se recusar a entregar os arquivos das imagens sem uma ordem direta do Supremo Tribunal Federal (STF). Malta alega que o ministro está "debochando" da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e adotando uma atitude de "contorcionismo jurídico" para evitar comparecer perante o colegiado.
Além disso, o senador elogia o trabalho da CPI das ONGs e a liderança do senador Plínio Valério (PSDB-AM) nessa comissão. Segundo Malta, a CPI tem como objetivo "libertar o país das organizações não governamentais, muitas delas financiadas por George Soros".
George Soros é conhecido por ser o criador da Fundação Open Society, que financia causas relacionadas ao meio ambiente, direitos humanos e manutenção da democracia.
"Nós precisamos desvendar o mistério desse cidadão [Soros] e de tantos outros que sustentam ONGs no Brasil, exatamente nas áreas mais ricas do país, e que criam narrativas, endossadas hoje pelo presidente da República, de que a Amazônia é do mundo", declara Malta.
O debate sobre a preservação das imagens e a investigação sobre a invasão no Ministério da Justiça continua, enquanto a CPI das ONGs busca esclarecer o financiamento e a atuação dessas organizações no Brasil.