O senador Sergio Moro, representante da União Brasil pelo Paraná, fez um pronunciamento contundente no Senado Federal nesta segunda-feira para abordar as investigações em curso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra ele e os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
As investigações estão relacionadas aos julgamentos dos casos da força-tarefa da Operação Lava Jato, e além de Moro, envolvem a juíza federal Gabriela Hardt e os desembargadores federais Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli.
Moro afirmou que o CNJ não possui competência para abrir uma ação contra ele, uma vez que agora é senador, não mais um juiz. Ele declarou: "Não sou mais um juiz, deixei a toga que carreguei com muito orgulho. Tenho orgulho do que eu fiz na Operação Lava Jato. Deixei [a toga] em 2018. Se não fosse surreal o suficiente, quando a gente vai ver o objeto da investigação, é porque graças ao meu trabalho na Operação Lava Jato, nós devolvemos mais de R$ 2 bilhões à Petrobras."
O ex-juiz federal prosseguiu, destacando a singularidade do seu caso: "Deve ser um fato inédito no mundo um juiz ser investigado porque cumpriu a sua missão e devolveu o dinheiro que tirou dos bandidos e devolveu à vítima."
O pronunciamento de Sergio Moro no Senado abordou diretamente as questões que envolvem as investigações do CNJ e a sua atuação na Operação Lava Jato, gerando um amplo debate sobre a legalidade e a competência das ações em andamento.