Silvinei Vasques se nega a assinar ofício de investigação feita pela CGU


Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, se recusa a receber notificação da CGU sobre investigação


A Controladoria-Geral da União (CGU) está enfrentando dificuldades para notificar Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sobre a investigação aberta contra ele para apurar suas condutas à frente da PRF. Desde agosto, Silvinei Vasques está detido no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) em Brasília, mas se recusou a assinar o ofício referente à abertura do procedimento.


Fontes ligadas ao caso revelaram que as autoridades planejam realizar uma segunda tentativa de notificação. Se Silvinei se recusar novamente a aceitar o documento, duas testemunhas serão chamadas para assiná-lo. Os procedimentos de correição transferidos para a CGU já estavam em andamento anteriormente na PRF.


A transferência das investigações para a CGU é vista como protocolar, visando afastar qualquer dúvida de parcialidade ou interferência, devido ao cargo de chefia que Silvinei Vasques ocupava.


Os procedimentos em andamento na PRF investigam quatro objetos relacionados às ações de Silvinei: seu comportamento durante o 1º turno da eleição presidencial, sua atuação na operação Transporte Seguro, seu envolvimento no 2º turno das eleições e seu papel na Operação Rescaldo.


O advogado de Silvinei, Eduardo Pedro Nostrani Simão, revelou que a notificação "não veio acompanhada de cópia do processo e incluiu apenas um link para que Silvinei tivesse acesso". Ele acrescentou que "eles sabem que não há acesso à internet no sistema carcerário por parte dos detentos. Para a defesa, isso foi proposital e demonstra parcialidade, sugerindo que é uma ação encomendada. A velocidade com que está sendo efetivada em comparação com outros procedimentos mais antigos também levanta suspeitas de parcialidade".


A recusa de Silvinei Vasques em receber a notificação da CGU adiciona um novo capítulo à investigação em curso, que já estava repleta de complexidades e questionamentos sobre sua imparcialidade.

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