Tenente da PMDF Revela Caos Durante Invasão ao Palácio do Planalto: Militares do Exército Abandonaram seus Postos
O Tenente Marco Teixeira, comandante da 3ª Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), fez revelações surpreendentes em seu depoimento à Justiça Federal. Ele relatou detalhes angustiantes sobre a invasão ao Palácio do Planalto, ocorrida em 8 de janeiro deste ano, onde a ordem e a segurança estavam à beira do colapso.
No depoimento em vídeo, que foi obtido pela coluna de notícias, o Tenente Teixeira descreveu momentos de caos e desespero enquanto enfrentava extremistas nas proximidades do Congresso Nacional. Ele afirmou que, em um momento crítico, teve que agarrar seus colegas pela farda e ordenar que recuassem, enquanto militares do Exército que estavam presentes largaram seus escudos e fugiram da situação.
"Estávamos literalmente lutando pela própria vida", disse o Tenente Teixeira, visivelmente emocionado durante seu depoimento. Ele descreveu como sua unidade da PMDF se viu em uma situação de grande desvantagem, já sem equipamentos e em número reduzido, e como recorreram desesperadamente aos militares das Forças Armadas para receber auxílio.
"Fomos repelidos até a primeira guarita do Palácio do Planalto, onde havia um pelotão do Exército. Estávamos em frangalhos e pedimos a intervenção deles. Inicialmente, recebemos uma resposta negativa", relatou o Tenente Teixeira, destacando a falta de cooperação por parte dos militares do Exército durante esse momento crítico.
As revelações feitas por Teixeira lançam uma luz perturbadora sobre os eventos que ocorreram durante a invasão ao Palácio do Planalto. Até agora, a atuação das Forças Armadas naquele dia havia sido retratada como decisiva para conter a violência e restaurar a ordem. No entanto, as palavras do Tenente Teixeira levantam questões sobre a eficácia e a prontidão das forças militares em momentos de crise.
O depoimento também gerou um debate sobre a necessidade de uma investigação mais aprofundada para esclarecer a atuação das Forças Armadas naquela ocasião e determinar se houve negligência ou omissão por parte dos militares em seu dever de proteger as instituições democráticas do país.
Até o momento, não houve um comentário oficial do Exército ou das Forças Armadas em resposta às declarações do Tenente Teixeira. No entanto, espera-se que este caso continue a receber atenção da mídia e do público, à medida que mais informações emergem sobre os eventos ocorridos durante a invasão ao Palácio do Planalto em janeiro deste ano.
Este depoimento chocante do Tenente Marco Teixeira deixa claro que ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o que realmente aconteceu durante aquele dia fatídico, e a busca pela verdade continua a ser uma prioridade fundamental para a Justiça Federal e para a sociedade brasileira como um todo.