Nesta quarta-feira, os Estados Unidos usaram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para rejeitar a proposta de resolução patrocinada pelo Brasil relacionada à guerra em curso entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A proposta buscava estabelecer pausas humanitárias no conflito, mas o veto foi justificado pela ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, um elemento crucial apoiado por Washington.
Com 12 votos a favor, 1 veto e 2 abstenções, da Rússia e Reino Unido, a resolução obteve o mínimo de votos necessários para aprovação, mas foi bloqueada pelo veto dos EUA, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que inclui Rússia, China, Reino Unido e França.
A situação reflete a complexidade do conflito no Oriente Médio, onde a escalada de violência já dura 12 dias e causou a morte de mais de 4.000 pessoas, a maioria delas civis. A resolução brasileira não conseguiu avançar devido a divergências sobre sua redação, aprofundando as preocupações sobre a ineficácia do Conselho de Segurança diante de crises internacionais.
O veto americano levantou discussões sobre a necessidade de reformas nas estruturas de tomada de decisões da ONU para lidar de maneira mais eficaz com crises globais.