O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, encontra-se sob investigação da Polícia Federal (PF) em relação a um incidente ocorrido durante a campanha eleitoral do ano passado, e a situação ganhou destaque recentemente. Flávio Dino, que supervisiona o Ministério da Justiça e Segurança Pública, está diretamente envolvido no processo.
O inquérito da PF, que começou em junho deste ano, centra-se no incidente ocorrido durante a campanha eleitoral de Tarcísio em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Durante um ato de campanha, um tiroteio interrompeu o evento. O inquérito busca esclarecer se houve um possível crime eleitoral relacionado à versão divulgada pela equipe de Tarcísio, que alegou uma tentativa de atentado.
Tarcísio de Freitas negou veementemente qualquer interferência política eleitoral no incidente e argumentou que não há razão para a Polícia Federal conduzir tais investigações.
O inquérito, aberto pela PF, gerou divisões entre os membros da corporação e também recebeu críticas do Palácio dos Bandeirantes, que alega que a PF está sendo instrumentalizada por motivos políticos, particularmente em ações contra opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora o inquérito tenha sido iniciado pela PF, que está sob a supervisão do ministro Flávio Dino desde o início deste ano, o incidente em Paraisópolis continua a ser um tema de destaque na cena política. Vídeos do episódio mostram jornalistas buscando abrigo durante os tiros. Durante o tiroteio, um suspeito foi morto por um policial presente na favela durante a visita de Tarcísio, que na época era candidato a governador.
A investigação prossegue enquanto as partes envolvidas buscam esclarecer as circunstâncias do incidente durante a campanha eleitoral.