O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um aumento na dívida pública bruta do Brasil, passando de 85,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para 88,1% do PIB neste ano. A previsão do FMI aponta para uma tendência de crescimento contínuo da dívida nos próximos cinco anos, atingindo a marca de 96% do PIB em 2028, que é o limite para as projeções feitas pela instituição.
Esses dados foram revelados como parte do Monitor Fiscal, um dos relatórios que o FMI planeja divulgar durante esta semana, em preparação para o encontro anual da instituição com o Banco Mundial, que acontecerá em Marrakesh, no Marrocos.
O FMI expressou preocupações quanto à eficácia do novo arcabouço fiscal em conter o aumento da dívida brasileira, indicando que as medidas adotadas até o momento podem não ser suficientes para estabilizar essa situação.
Em uma comparação envolvendo 36 nações emergentes, o Brasil se destaca com a terceira maior dívida, empatando com a Ucrânia, justificada pela guerra com a Rússia, e ficando atrás apenas do Egito e da Argentina, esta última enfrentando uma crise econômica significativa. A perspectiva de crescimento da dívida torna-se uma questão importante para as políticas econômicas do país, exigindo abordagens que visem a contenção e a estabilidade financeira a longo prazo.