Em uma reviravolta política, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou claro que pautas anti-STF não terão espaço sob sua liderança na Casa. Isso marca um contraste com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que demonstrou disposição para apoiar medidas contrárias ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Lira tem buscado estreitar laços com os magistrados, especialmente com o atual presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, em uma tentativa de promover uma relação mais harmoniosa entre os poderes. Sua abordagem tem sido percebida de maneira positiva pelos ministros, o que sugere uma inclinação a favor do diálogo e da estabilidade institucional.
A semana passada testemunhou uma situação delicada quando a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visava limitar o poder individual dos magistrados do STF. Além disso, o debate sobre a introdução de mandatos para membros da Suprema Corte avançou consideravelmente.
Essa ofensiva do Senado em relação ao Judiciário culminou em um diálogo por telefone entre Barroso e Lira, onde ambos expressaram preocupações com a possível acirramento das tensões e as consequências para o STF. Além disso, outros membros do tribunal também têm se aproximado de Arthur Lira, buscando fortalecer e preservar o atual modelo e seus privilégios. O futuro da relação entre o Congresso e o Supremo permanece incerto diante dessas divergências.