Neste sábado, o presidente Lula revogou o decreto que criou o Escritório do Ministério da Economia junto à Embaixada do Brasil em Washington, Estados Unidos. O escritório, que foi criado em janeiro de 2022, sem o parecer do Itamaraty, tinha como função gerar oportunidades de negócio e divulgar as reformas econômicas implementadas pelo governo brasileiro.
No entanto, uma nota técnica do Ministério da Economia em 2021 estimou que a manutenção do escritório em Washington custaria R$ 1,9 milhão por ano. O projeto de criação do escritório previa apenas dois cargos: chefe e assessor de representação, com salários em dólares, e a previsão era que um diplomata liderasse o órgão.
Surpreendentemente, a chefia da representação foi entregue a Carlos da Costa, ex-secretário especial de Produtividade e Competitividade de Paulo Guedes, com um salário de R$ 69 mil por mês. No entanto, Costa foi exonerado do cargo em janeiro deste ano.
Em maio do ano passado, o ex-presidente Bolsonaro solicitou ao Congresso a abertura de um crédito especial de R$ 827 mil para cobrir despesas com benefícios obrigatórios aos servidores do escritório. A liberação do crédito foi aprovada em dezembro de 2022.
Com a revogação do decreto por parte do presidente Lula, encerra-se a existência do escritório da Economia brasileira nos Estados Unidos.