Editorial da Folha de S. Paulo: "Lula sabota o país e desestabiliza mercado financeiro"
Em um editorial veiculado neste sábado (28), a Folha de S. Paulo não economizou nas críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o título incisivo "Lula sabota o país". O veículo de imprensa destacou os discursos recentes de Lula, que tiveram um impacto negativo no mercado financeiro e ameaçaram o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que apesar de inexperiente, buscava desenvolver a estabilização das contas públicas.
O editorial observou que na sexta-feira (27), o presidente Lula abandonou o compromisso com a meta fiscal e lançou um discurso que, ao invés de tranquilizar, inquietou investidores. Os ativos nacionais sofreram uma queda imediata, os juros futuros subiram mais de 20 pontos, e o dólar voltou a ser negociado acima de R$ 5, gerando descontentamento tanto dentro quanto fora do governo.
A Folha de S. Paulo destacou que o presidente Lula, com suas declarações, prejudicou o projeto de estabilização das contas públicas e afirmou que "Haddad talvez não imaginasse que o próprio presidente da República disparasse um torpedo contra o projeto já não muito rigoroso de estabilização das contas públicas".
O editorial criticou a falta de consideração de Lula em relação ao mercado financeiro, afirmando que ele parece se comportar de maneira desinformada, como um prefeito ou deputado paroquial, sem se preocupar com as consequências de suas ações. O texto ressaltou que declarações como as de Lula levam a juros mais altos e à diminuição da confiança econômica.
No último parágrafo, o editorial foi direto ao afirmar que Lula não está propondo um programa econômico controverso, mas sim sabotando o próprio governo. A atitude foi classificada como danosa e incompreensível. A crítica da Folha de S. Paulo ao ex-presidente gerou debates e discussões no cenário político e econômico do país.