Defesa de Anderson Torres Contesta Relatório da CPMI e Chama Acusações de "Meras Conjecturas"
Em meio às tensões em torno do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os eventos de 8 de janeiro, a defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, emitiu uma declaração enfática, rotulando as acusações como "meras conjecturas sem provas sólidas". A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), havia solicitado o indiciamento de Torres por crimes que variam desde associação criminosa até abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Em um documento extenso de 15 páginas, os advogados de Torres pedem a revisão do pedido de indiciamento, alegando que seria uma medida injusta que prejudicaria irremediavelmente sua imagem e honra. A nota emitida pela defesa expressa: "A fim de evitar uma injustiça grave, solicitamos que as explicações mencionadas nesta petição sejam devidamente fornecidas antes da votação do Relatório Final da Comissão. Diante das respostas, Vossa Excelência reconsiderará o indiciamento do peticionário."
A defesa do ex-ministro também questiona a alegação do relatório de que Torres era uma das autoridades mais bem informadas sobre as ameaças de golpe de Estado, pedindo evidências sólidas para sustentar tal afirmação: "Portanto, solicitamos que Vossa Excelência forneça informações sobre onde estão as provas que demonstram o conhecimento desses fatos por parte de Anderson Torres."
A votação do relatório da CPMI está marcada para esta quarta-feira, 18 de outubro, e a expectativa é que o texto seja aprovado, dada a maioria de membros da base governista na comissão. A controvérsia e a polarização política em torno deste caso estão longe de chegarem ao fim, enquanto a defesa de Torres e outros indiciados buscam esclarecimentos e contestam as acusações.