Polícia Federal investiga se Braga Netto teve participação nos atos de 8/1


Polícia Federal Investiga General Braga Netto por Suposta Ligação com Atos Golpistas


A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para apurar a possível participação do general Walter Braga Netto em atos golpistas, com base em informações fornecidas pelo tenente-coronel Mauro Cid, cuja delação foi validada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Braga Netto, ex-ministro da Defesa e antigo candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, é suspeito de ter atuado como elo entre Bolsonaro e os organizadores das manifestações golpistas, de acordo com a delação.


A PF está empenhada em rastrear possíveis reuniões entre Bolsonaro, Braga Netto e membros das Forças Armadas. A maior parte dessas conversas teria ocorrido no Palácio da Alvorada, e registros indicam que Braga Netto se encontrou com Bolsonaro pelo menos quatro vezes, como relatado pelo jornal O Globo. Braga Netto alegou que evitou essas reuniões para "não causar constrangimentos".


Mauro Cid, em seus depoimentos, também afirmou que Bolsonaro discutiu com líderes militares a possibilidade de intervenção para impedir uma mudança de governo. O tenente-coronel, que está preso desde 3 de maio e agora coopera com a justiça, está envolvido em várias investigações, incluindo alegadas fraudes envolvendo a família Bolsonaro e tentativas de golpe após as eleições de 2022.


Recentemente, em depoimentos à PF, o papel de Cid em conversas entre Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi examinado, com a suposta discussão de planos para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e questionar o sistema eleitoral. A investigação em curso visa esclarecer as alegações e determinar se Braga Netto teve envolvimento em qualquer atividade ilegal relacionada aos atos golpistas mencionados.

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