Oposição Promete Acionar PGR e Conselho de Ética após Revelação de "Rachadinha" de Janones
A mais recente bomba política abala os corredores da Câmara dos Deputados, com a revelação de áudios comprometedores que expõem o deputado federal André Janones em uma prática controversa: a "rachadinha". A oposição, diante da gravidade das acusações, anunciou planos de acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética para investigar e pedir a cassação do parlamentar por enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.
O deputado Nikolas Ferreira, em declarações à imprensa, afirmou ter discutido o assunto com o líder do PL, deputado Altineu Côrtes, propondo a apresentação de uma representação no Conselho de Ética contra Janones. A oposição está determinada a levar adiante a denúncia, considerando a prática de "rachadinha" como um ato de corrupção.
Os áudios, divulgados pela coluna de Paulo Cappelli, mostram Janones cobrando parte dos salários de seus servidores para quitar suas despesas pessoais. A prática, denominada "rachadinha", é considerada ilegal e incompatível com a ética parlamentar. Em uma das gravações, Janones tenta justificar a ação, mencionando a suposta necessidade de "reconstruir" seu patrimônio perdido durante a campanha eleitoral de 2016.
"Algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Porque eu perdi R$ 675 mil na campanha", confessa Janones no áudio.
Nikolas Ferreira destacou a clareza com que Janones admite o desvio dos salários de seus servidores no áudio publicado pelo Metrópoles. A oposição planeja, além da representação no Conselho de Ética, apresentar uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República, buscando a responsabilização criminal do deputado.
A sessão onde ocorreu a conversa com os servidores aconteceu na sala de reuniões do Avante, partido de Janones, dentro da própria Câmara dos Deputados. O deputado tenta justificar a prática, argumentando que não considera corrupção o ato de seus assessores devolverem parte de seus salários para auxiliá-lo na "reconstrução" de seu patrimônio dilapidado.
Com as acusações ganhando destaque, a situação política de André Janones torna-se cada vez mais delicada, e a possibilidade de cassação de seu mandato emerge como uma questão inevitável. Resta aguardar as próximas movimentações da Procuradoria-Geral da República e do Conselho de Ética, que terão a tarefa de investigar e julgar as sérias denúncias que pairam sobre o deputado federal.