Após Nísia enviar R$ 55 milhões a Cabo Frio, filho vira secretário


Ministro da Saúde Envia R$ 55 Milhões a Cabo Frio e Filho é Nomeado Secretário da Cultura: Investigação em Andamento


No centro de uma controvérsia política, a nomeação de Márcio Lima Sampaio como secretário da Cultura de Cabo Frio, filho da ministra da Saúde, Nísia Trindade, está sendo investigada após a revelação de que a nomeação ocorreu um mês após o Ministério da Saúde enviar R$ 55 milhões à prefeitura local.


A verba, proveniente da portaria GM/MS nº 2.169, foi destinada a Cabo Frio sob a gestão anterior e divulgada pela prefeitura da cidade. A pasta da Saúde afirma que a ministra não teve qualquer envolvimento na nomeação de seu filho, destacando que a decisão sobre os recursos foi tomada pela administração anterior e baseada em critérios técnicos.


A portaria de 5 de dezembro de 2023 destinou um total de R$ 103 milhões a 14 municípios, sendo que metade desse montante foi direcionada a Cabo Frio. O Ministério Público já está avaliando os documentos e investigando se há irregularidades na conexão entre a liberação dos recursos e a nomeação de Márcio Sampaio.


A prefeitura de Cabo Frio, por sua vez, alega que a escolha de Sampaio como secretário não tem relação com a ministra Nísia Trindade. Em comunicado oficial, a prefeita Magdala Furtado ressalta que a decisão se baseou na qualificação e no envolvimento de Sampaio com a "classe cultural". 


A nota da prefeitura destaca a proximidade de Márcio Sampaio com o Ministério da Cultura e a Secretaria da Cultura do Estado do Rio de Janeiro como fatores determinantes na escolha, visando contribuir para a implementação de projetos e a captação de recursos para Cabo Frio.


No entanto, a oposição local e nacional questiona a coincidência temporal entre a liberação dos recursos e a nomeação de Sampaio, levantando suspeitas sobre possíveis favorecimentos. O Tribunal de Contas da União (TCU) também entrou na discussão, solicitando à ministra da Saúde que devolva R$ 11 milhões à União em relação a possíveis irregularidades na distribuição de recursos.


O caso se torna mais complexo com a revelação de que, sob a gestão de Nísia Trindade, a Fiocruz teria vendido testes de Covid com um sobrepreço de 700%, aumentando a pressão sobre a ministra e ampliando as investigações em torno de sua conduta à frente da pasta da Saúde.


Diante do cenário, a sociedade espera esclarecimentos conclusivos sobre a relação entre a liberação dos recursos, a nomeação de Márcio Sampaio e possíveis irregularidades na gestão da ministra Nísia Trindade, enquanto a classe política aguarda o desenrolar das investigações para definir possíveis ações e consequências decorrentes desse controverso episódio.

Postagem Anterior Próxima Postagem