Juíza Ludmila Lins Grilo deixa o Brasil e denuncia perseguição

Juíza Ludmila Lins Grilo denuncia perseguição e busca asilo político nos Estados Unidos


Brasília, 03 de janeiro de 2024 - A ex-juíza brasileira Ludmila Lins Grilo surpreendeu a opinião pública ao revelar, através de uma rede social, que deixou o Brasil em 2022 e buscou asilo político nos Estados Unidos, alegando ser vítima de perseguição política. Grilo, que optou por se considerar exilada, compartilhou sua decisão em uma postagem que gerou repercussão imediata.


"Sou, oficialmente, uma juíza brasileira em asilo político nos Estados Unidos", afirmou Grilo em sua declaração pública, onde detalhou os motivos que a levaram a tomar essa medida extrema. A ex-magistrada relatou ter experimentado episódios de perseguição política, alegadamente promovidos por instâncias judiciais brasileiras.


Grilo revelou que continuou exercendo suas funções, por meio de videoconferência, nos Estados Unidos, cumprindo toda a agenda da vara criminal à qual estava vinculada. Entretanto, optou por manter em segredo sua condição de asilada no momento de seu afastamento do cargo.


"No dia de meu afastamento do cargo, silenciei sobre minha condição de asilada política, pois eu ainda estava me documentando. Além disso, eu ainda tinha bens no país, e era necessário salvaguardá-los", explicou a ex-juíza.


A surpreendente decisão de Ludmila Lins Grilo foi motivada, segundo suas declarações, por uma série de atos persecutórios que teria sofrido por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial pelo ministro Alexandre de Moraes, assim como pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A ex-magistrada afirmou ter documentado todas essas situações e apresentado uma denúncia às autoridades americanas.


"Já estou em contato com juristas e jornalistas americanos. Espero, daqui de fora, fazer o que vocês não podem mais fazer daí", declarou Grilo em sua publicação, indicando que pretende divulgar e denunciar internacionalmente as alegadas perseguições e ameaças que afirma ter sofrido no Brasil.


A ex-juíza afirmou estar reunindo provas, incluindo ameaças, bloqueios de contas e ataques do STF, para entregá-las aos profissionais da mídia e da justiça no exterior. Sua postura destemida foi destacada quando afirmou: "Todo aquele perseguido por ditaduras que escolhe permanecer no país é obrigado a colocar o rabinho entre as pernas e se calar para se proteger. Não é o meu caso. Contem comigo."


A revelação de Ludmila Lins Grilo lança luz sobre questões delicadas envolvendo a independência judicial e as relações entre membros do Judiciário no Brasil. As próximas semanas podem trazer mais esclarecimentos sobre o caso, à medida que a ex-juíza busca apoio internacional para suas alegações de perseguição política.

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