Militares fazem vaquinha para pagar dívidas de Mauro Cid


Grupos de militares no WhatsApp estão unindo esforços para ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e sua esposa, Gabriela Cid, em meio a alegações de dívidas que alcançam a marca de R$ 600 mil. A iniciativa, atribuída à União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil, pede a colaboração dos colegas de farda em favor do coronel Cid, que supostamente vendeu parte significativa de seus bens para quitar suas obrigações financeiras.


Segundo as mensagens que circulam nos grupos, as dívidas de Cid estão relacionadas a despesas com advogados e medicamentos. Os militares destacam o histórico de honra à farda que Cid manteve, mesmo diante do atual cenário desafiador. A mensagem compartilha as chaves Pix do casal, facilitando as contribuições dos interessados em participar da vaquinha.


O tenente-coronel Mauro Cid enfrentou um período conturbado entre maio e setembro de 2023, quando foi detido sob suspeita de manipular carteiras de vacinação. Sua liberdade foi concedida após a homologação da delação firmada com a Polícia Federal, por intermédio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, Cid está em prisão domiciliar, utilizando uma tornozeleira eletrônica e afastado de suas funções no Exército, embora mantenha seu salário mensal de R$ 27 mil.


A mobilização dos militares em apoio a Mauro Cid evidencia a solidariedade entre as fileiras, independentemente das circunstâncias pessoais do colega. A vaquinha visa proporcionar suporte financeiro diante das alegadas dificuldades enfrentadas pelo tenente-coronel e sua esposa. As informações sobre as supostas dívidas destacam a preocupação da comunidade militar em auxiliar aqueles que dedicaram parte de suas vidas ao serviço ao país.


Em meio às contribuições, há também debates sobre a ética e legalidade de uma iniciativa desse tipo. Alguns questionam se seria apropriado os militares buscarem recursos dessa maneira para resolver questões pessoais, enquanto outros argumentam que a solidariedade é uma parte essencial da camaradagem militar.


É importante notar que as alegações de dívidas e a vaquinha virtual estão baseadas em mensagens circulantes nos grupos de militares no WhatsApp e têm como fonte as informações do portal Metrópoles. A situação destaca a complexidade das relações financeiras e pessoais, mesmo entre indivíduos que compartilham uma trajetória militar.


A repercussão dessa mobilização, tanto dentro quanto fora das fileiras, certamente continuará a ser acompanhada com interesse, trazendo à tona questões sobre responsabilidade financeira individual, solidariedade e os limites da assistência entre membros das forças armadas.

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