Magistrado critica Moraes e Pacheco e aponta caminho para mudança no Brasil
O desembargador aposentado Sebastião Coelho, em um pronunciamento contundente, destacou a atual situação enfrentada pelo Brasil, apontando para a necessidade de uma mudança drástica que, segundo ele, só poderá ser alcançada pelo povo brasileiro.
Em suas declarações, Coelho enfatizou a responsabilidade do Congresso Nacional em frear o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente diante das ações consideradas arbitrárias do ministro Alexandre de Moraes. Ele criticou a postura do Senado Federal, ressaltando que o atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco, está sendo considerado fraco por sua omissão e conivência com os acontecimentos.
"O Congresso Nacional tem que parar o Supremo Tribunal Federal", afirmou Coelho, destacando que as decisões do STF, mesmo que controversas, têm sido referendadas pelos demais ministros da corte, com exceção de André Mendonça e Nunes Marques.
O desembargador classificou Alexandre de Moraes como um "tirano" e apontou a necessidade de ações concretas para interromper a escalada autoritária que, segundo ele, está acontecendo no país. Ele criticou a postura de apenas denunciar os abusos de autoridade, defendendo a tomada de medidas efetivas para interromper essa tendência.
Apesar de reconhecer a responsabilidade do Congresso, Coelho expressou ceticismo em relação à possibilidade de uma solução vinda de lá, destacando a fragilidade da liderança de Rodrigo Pacheco. Ele sugeriu que a primeira ação deveria ser uma obstrução total das atividades do Congresso Nacional até que o STF volte a cumprir a Constituição.
"Se o Congresso não reagir, e parece estar... enfim, nós já não estamos acreditando mais... a solução é o povo. O povo parar esse país", enfatizou o desembargador.
Coelho reconheceu as preocupações sobre a possibilidade de vigilância ao se manifestar nas ruas, destacando a criação de um grupo por Alexandre de Moraes para monitorar pessoas, algo que ele comparou às práticas das piores ditaduras. No entanto, ele reiterou a importância de uma mobilização popular para promover as mudanças necessárias.
"Como faríamos essa paralisação? Vou tratar disso no final com vocês. Vou encerrar propondo essa paralisação para o nosso país", concluiu o desembargador.
As declarações de Sebastião Coelho refletem o clima de preocupação e insatisfação com a atual situação política e judicial do Brasil, destacando a necessidade de uma ação decisiva para restaurar a ordem democrática e o respeito às instituições.