Minuta do golpe previa prisão de Moraes, Gilmar Mendes e Pacheco; Bolsonaro pediu alterações no texto


Minuta preparada por aliados de Bolsonaro previa prisão de autoridades e novas eleições, revela investigação da PF


Uma das minutas identificadas pela Polícia Federal (PF), supostamente preparada por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lançou luz sobre um preocupante plano de tentativa de golpe de estado. O documento, revelado pelas investigações da PF, previa a prisão de diversas autoridades, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Além disso, a minuta propunha a realização de novas eleições.


Essa descoberta surgiu no âmbito das investigações da Operação Tempus Veritatis, deflagrada recentemente pela PF com o objetivo de apurar uma suposta organização criminosa que teria atuado em uma tentativa de golpe de estado e abolição do Estado Democrático de Direito.


Segundo as informações obtidas durante as investigações, Jair Bolsonaro teria solicitado que os nomes de Rodrigo Pacheco e Gilmar Mendes fossem retirados da minuta, porém, o nome de Alexandre de Moraes permaneceu.


Essa minuta, que foi mencionada em uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, serviu como base para determinar buscas e apreensões em endereços de diversas pessoas próximas a Bolsonaro, suspeitas de estarem envolvidas na elaboração e no planejamento desse golpe de estado.


O documento revela um cenário preocupante, no qual autoridades do mais alto escalão do país estariam sendo alvo de um plano articulado para destituí-las de seus cargos e promover uma mudança no cenário político por meio de métodos ilegais e antidemocráticos.


A menção específica ao nome de Alexandre de Moraes nessa minuta destaca ainda mais a tensão política que envolve o ex-presidente Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, especialmente considerando os embates anteriores entre Bolsonaro e Moraes, que já protagonizaram diversos confrontos públicos.


Essa revelação lança uma luz sobre os bastidores do cenário político brasileiro e a profundidade das tensões e conflitos que o permeiam. Além disso, ressalta a importância do trabalho das instituições democráticas, como a Polícia Federal e o STF, na proteção do Estado de Direito e na defesa da ordem democrática.


Agora, as investigações da Operação Tempus Veritatis continuam avançando, buscando identificar todos os envolvidos nesse suposto plano de golpe de estado e garantir que a justiça seja feita. O país segue atento aos desdobramentos desse caso, que tem o potencial de impactar profundamente a estabilidade política e institucional do Brasil.

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