Presidente do PL, Valdemar Costa Neto é preso em flagrante com arma de fogo


Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é preso em flagrante com arma de fogo


Na manhã desta quinta-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação que resultou na prisão em flagrante do presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto. A ação ocorreu após os agentes encontrarem uma arma de fogo na residência do dirigente partidário. Além de Costa Neto, outros alvos importantes também foram detidos, incluindo um ex-assessor e um ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.


A operação da Polícia Federal, que ocorreu em dez estados brasileiros, tem como objetivo investigar a participação de pessoas em uma tentativa de golpe de Estado e na abolição do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas com a permanência de Bolsonaro no poder.


Entre os detidos, além do presidente do PL, estão o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Marcelo Câmara, ambos com ligação direta com o ex-presidente.


A operação resultou na apreensão do passaporte de Bolsonaro e na aplicação de outras medidas restritivas ao ex-presidente, como a proibição de manter contato com outros investigados, a proibição de sair do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.


Além dos citados, estão entre os alvos da operação o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).


A ação da Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, em nove estados do país e no Distrito Federal, todos expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).


Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022, antes mesmo da realização do pleito, visando viabilizar e legitimar uma intervenção militar.


Os crimes investigados incluem organização criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.


O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, havia defendido recentemente a família Bolsonaro, denunciando perseguições e injustiças praticadas contra eles. O vereador Carlos Bolsonaro também foi alvo de uma operação da Polícia Federal no mês passado, que investigou o monitoramento ilegal realizado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro.


A situação política do país segue tensa diante desses desdobramentos, enquanto as autoridades competentes continuam a investigar e tomar medidas para garantir a estabilidade institucional e a ordem democrática.

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