Durante uma entrevista, Lula comparou as ações israelenses na região com o regime de Adolf Hitler, caracterizando-as como um genocídio. Segundo suas palavras: "Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus".
As declarações de Lula foram respondidas com veemência pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que as descreveu como "vergonhosas e graves". Netanyahu ressaltou que comparar Israel ao Holocausto nazista é uma tentativa de banalizar um dos eventos mais trágicos da história e prejudicar o povo judeu.
A polêmica gerada por essas declarações não se restringe apenas ao âmbito nacional. Internacionalmente, diversos líderes e organizações expressaram desaprovação e preocupação com as comparações feitas por Lula.
O jornalista Silvio Navarro também se manifestou sobre o assunto, apontando para possíveis implicações legais das declarações do ex-presidente. Navarro argumentou que Lula poderia ter cometido um crime de responsabilidade, citando o Artigo 5º da Lei 1079/1950, que trata sobre o impeachment.
Segundo o jornalista, o referido artigo estabelece que cometer um ato de hostilidade contra uma nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra ou comprometendo sua neutralidade, pode configurar um crime de responsabilidade.
As declarações de Lula e as reações subsequentes continuam a gerar debate e análise, tanto dentro do Brasil quanto no cenário internacional. A controvérsia em torno do tema destaca a sensibilidade e a importância das questões geopolíticas e históricas envolvidas, bem como a necessidade de cautela ao abordá-las publicamente.