O coronel Henrique Alves da Rocha, da Polícia Militar, compartilhou suas críticas em relação às mudanças políticas recentes, expressando preocupações sobre a transição do ex-governador Flávio Dino para o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Alves da Rocha argumenta que as decisões tomadas até agora indicam um cenário desafiador para a segurança pública no país.
Alves da Rocha inicia sua análise apontando a ausência de uma política de segurança pública eficaz durante os governos de Flávio Dino e Lula. Ele destaca a tentativa de replicar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), implementado no segundo governo de Lula, como uma estratégia falha adotada em março de 2023.
O cenário de violência no Rio de Janeiro serve como exemplo das falhas percebidas nas políticas de Dino. O coronel relata o incêndio de 35 ônibus em comunidades cariocas, seguido pela resposta do governo estadual, que trouxe a Força Nacional para os portos e aeroportos, resultando em zero apreensões de armas e drogas. Ele destaca também a expansão do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) na Amazônia, associada ao aumento de mortes entre os yanomamis.
A violência na Bahia, governada pelo PT há quase 20 anos, é outro ponto focal das críticas do coronel. Ele ironiza a legislação recente do governador petista Jerônimo Rodrigues, que proibiu pistolas de lançamento de água durante o Carnaval como uma medida questionável para combater o crime.
A nomeação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) também é alvo de críticas. Alves da Rocha destaca a falta de apoio até mesmo da Transparência Internacional diante da escolha de um político para a suprema corte.
A chegada de Ricardo Lewandowski ao Ministério da Justiça e Segurança Pública é recebida com desconfiança pelo coronel Henrique Alves da Rocha. Ele critica o discurso de posse do novo ministro, especialmente suas justificativas para a criminalidade, apontando para a falta de abordagem sobre a impunidade e o apoio à progressão de regime prisional.
A análise do coronel termina com uma crítica ao posicionamento de Lewandowski sobre penas de prisão para crimes menores, uma visão que, segundo Alves da Rocha, reflete o discurso falacioso da esquerda sobre o sistema carcerário brasileiro.
Em resumo, a opinião do coronel Henrique Alves da Rocha reflete um ceticismo profundo em relação às recentes mudanças políticas, sugerindo que, na sua visão, a transição de Dino para Lewandowski pode agravar os desafios enfrentados na área da segurança pública no Brasil.