Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentaram uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitando a liberação do passaporte de Bolsonaro, que está retido desde fevereiro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-presidente.
O pedido de liberação do passaporte surge acompanhado de um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que Bolsonaro visite o país em maio. Esse convite visa fortalecer os laços entre Brasil e Israel e explorar possíveis parcerias em diversas áreas, incluindo tecnologia, segurança e agricultura.
O interesse de Bolsonaro em visitar Israel vem após dois governadores aliados seus, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, terem visitado Jerusalém a convite de Netanyahu em meados de março. Bolsonaro também teria sido convidado para participar desses encontros, mas não obteve autorização de Moraes para viajar devido à retenção de seu passaporte.
O pedido de liberação do passaporte acontece em meio a um contexto de polêmicas e controvérsias envolvendo o ex-presidente. Recentemente, o jornal americano The New York Times revelou que Bolsonaro permaneceu por dois dias na Embaixada da Hungria em Brasília, durante o Carnaval. Os vídeos do sistema de segurança da embaixada mostram que Bolsonaro chegou ao local na noite do dia 12 de fevereiro e ficou até o dia 14 de fevereiro.
Essa estadia na embaixada ocorreu após a Polícia Federal apreender o passaporte de Bolsonaro em uma investigação que apura uma suposta trama golpista para que o ex-presidente permanecesse no poder após a derrota para Lula nas eleições presidenciais.
A solicitação de liberação do passaporte de Bolsonaro levanta questões sobre os limites da liberdade de locomoção de ex-autoridades públicas e sobre o papel do Judiciário em determinar medidas cautelares em casos envolvendo figuras políticas de destaque.
Enquanto aguarda-se a decisão de Moraes em relação ao pedido de liberação do passaporte, o convite de Netanyahu para a visita de Bolsonaro a Israel pode representar uma oportunidade para o estabelecimento de novas parcerias e acordos bilaterais entre os dois países, além de promover um diálogo construtivo entre as lideranças políticas brasileira e israelense.