Coronel Mauro Cid depõe por 9 horas na PF e deixa a esquerda alvoroçada
No decorrer de aproximadamente nove horas, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou um extenso depoimento à Polícia Federal, deixando a esquerda em estado de alvoroço. O depoimento teve início na segunda-feira (11) e estendeu-se até a madrugada de terça-feira (12).
De acordo com o advogado do militar, Cezar Bittencourt, o depoimento foi considerado positivo, tanto para Mauro Cid quanto para as investigações em curso. Bittencourt destacou que durante o interrogatório foram esclarecidos desdobramentos relativos à suposta tentativa de golpe de Estado, porém sem entrar em detalhes sobre o conteúdo abordado.
Entre as questões abordadas, Mauro Cid respondeu a perguntas relacionadas à investigação sobre a fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como sobre a procedência das joias supostamente vindas da Arábia Saudita.
Este foi o sétimo comparecimento de Mauro Cid à Polícia Federal, sendo que em três ocasiões anteriores ele optou por permanecer em silêncio. No entanto, após firmar um acordo de delação premiada, o coronel passou a responder a todas as perguntas feitas nos últimos quatro interrogatórios.
Uma declaração recente de Mauro Cid parece ter desfeito inúmeras narrativas contra Bolsonaro, onde ele afirmou: "Não sou traidor, nunca disse que o presidente tramou um golpe. O que havia eram propostas sobre o que fazer caso se comprovasse a fraude eleitoral, o que não se comprovou e nada foi feito". Essa declaração parece ter desmantelado a narrativa de um suposto plano de prisão meramente política de Bolsonaro, fortalecendo o apoio popular como uma verdadeira carta na manga para o ex-presidente.
O depoimento prolongado de Mauro Cid despertou um intenso debate nas redes sociais, com diversos compartilhamentos e comentários sobre o conteúdo abordado e suas possíveis implicações políticas. Enquanto alguns apoiadores do governo interpretaram as declarações como um alívio para o presidente Bolsonaro, a oposição levantou questionamentos sobre a transparência e a veracidade das informações apresentadas durante o depoimento.
O episódio também reacendeu o debate sobre o papel das instituições públicas na investigação de casos envolvendo autoridades políticas e o papel dos depoimentos de ex-funcionários no esclarecimento de supostos crimes ou