Parlamentares se revoltam com ativismo judicial desenfreado após desembargador proibir evento com Michelle Bolsonaro

Em uma transmissão ao vivo conduzida pelo deputado Tenente-Coronel Zucco, acompanhado pelo deputado Paulo Bilynskyj, o deputado estadual Gustavo Victorino desencadeou uma série de críticas contra o que ele descreveu como "ativismo judicial desenfreado", em meio a uma controvérsia envolvendo a proibição de um evento que homenagearia a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Teatro Municipal de São Paulo.


A polêmica teve início quando a deputada de extrema-esquerda Érika Hilton moveu uma ação para impedir a realização do evento, após ter seu pedido negado em primeira instância. O desfecho surpreendente veio com a intervenção de um desembargador que decidiu proibir a cerimônia, causando indignação entre os parlamentares presentes na transmissão.


Gustavo Victorino expressou sua consternação com a justificativa apresentada pelo desembargador, revelando que este tinha histórico de trabalho com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Victorino, essa conexão evidencia uma questão maior: o ativismo judicial como um dos principais obstáculos enfrentados pelo Brasil.


"Esse exemplo, que nos constrange a todos, prova que o ativismo judicial no Brasil é o nosso maior problema", enfatizou o deputado. Ele prosseguiu, destacando a máquina judiciária comprometida como um dos principais desafios para a democracia brasileira, citando inclusive a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Segundo Victorino, em um país verdadeiramente democrático, Lula teria sido retirado facilmente do poder, dada a série de controversas em seu governo. No entanto, ele aponta para a interferência do sistema judicial como um fator que dificulta a efetividade das instituições democráticas.


"O Brasil está em um caminho muito perigoso", alertou o deputado, ecoando preocupações levantadas por um entrevistado venezuelano sobre os perigos do aparelhamento do judiciário na institucionalização de regimes autoritários.


Essa crítica ao ativismo judicial não é isolada. Muitos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e indivíduos com discursos divergentes do mainstream midiático têm denunciado perseguições por parte do sistema judicial. Além dos inquéritos liderados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, também tem sido alvo de críticas por suas ações.


Salomão ordenou o bloqueio da receita de sites e canais conservadores, como é o caso da Folha Política, com mais de 20 meses de trabalho retidos sem justificativa jurídica. Essas ações têm gerado debates acalorados sobre os limites do poder judiciário e sua relação com os demais poderes da República.


Diante desse cenário, as críticas de parlamentares como Gustavo Victorino ecoam não apenas como um lamento pelas restrições à liberdade de expressão e manifestação, mas também como um alerta para a saúde democrática do país, que parece cada vez mais fragilizada diante do poder judiciário cada vez mais ativo e influente.


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