Policiais cancelam o CPF de 39 bandidos em operação no litoral de SP


Operação Policial na Baixada Santista Resulta na Mortalidade de 39 Suspeitos: Autoridades Investigam os Casos


Desde o dia 2 de fevereiro, a Baixada Santista, litoral do estado de São Paulo, tem sido palco de confrontos entre policiais militares e suspeitos, resultando na morte de 39 indivíduos considerados bandidos pela polícia. O último óbito ocorreu na quinta-feira (29), quando um criminoso foi atingido por disparos de arma de fogo em São Vicente, após uma troca de tiros com as autoridades.


O conflito teve início após o policial militar Samuel Wesley Cosmo ser assassinado em Santos durante um patrulhamento, desencadeando uma intensa mobilização das polícias Civil e Militar para localizar e prender os envolvidos no crime. Desde então, a região tem sido alvo de operações policiais visando combater o crime organizado.


De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o aumento no número de confrontos e mortes está diretamente relacionado à Operação Escudo, iniciada após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, integrante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), em julho do ano passado, na cidade de Guarujá. Atualmente, a ação recebe o nome de Operação Verão.


O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelou que, nos primeiros dois meses deste ano, ocorreram 52 mortes em decorrência de intervenção policial na Baixada Santista. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, foram registradas apenas dez mortes, destacando a escalada da violência na região.


Diante da preocupação com os crescentes índices de letalidade, a SSP afirmou que todos os casos de mortes em confronto estão sendo rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário. O objetivo é garantir a transparência e a responsabilização em cada episódio ocorrido durante as operações policiais.


As autoridades enfatizam a importância do combate ao crime organizado e garantem que as operações continuarão sendo realizadas para assegurar a segurança da população da Baixada Santista. No entanto, a crescente mortalidade suscita debates sobre os métodos empregados pelas forças de segurança e a necessidade de políticas de prevenção à violência que abordem suas causas estruturais.

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