Sem medo, Bolsonaro responde Moraes de forma direta

 

O embate entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atinge um novo patamar, com Bolsonaro respondendo de forma direta às recentes acusações. O ex-presidente afirmou que seria "ilógico" sugerir que ele teria pedido asilo político durante o período em que esteve hospedado na Embaixada da Hungria, em Brasília, no mês passado.


A resposta de Bolsonaro foi enviada ao Supremo após o ministro Moraes dar um prazo de 48 horas para que Bolsonaro explicasse a sua estadia na embaixada. Na petição, a defesa do ex-presidente argumenta veementemente contra a possibilidade de um pedido de asilo político.


De acordo com os advogados de Bolsonaro, a ideia de um pedido de asilo político é totalmente infundada, considerando que o ex-presidente não tinha preocupação com uma eventual prisão. A defesa enfatizou que as medidas cautelares recentemente impostas tornavam essa suposição altamente improvável e sem fundamentos.


“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, afirmou a defesa.


Além disso, os advogados destacaram que Bolsonaro sempre manteve comunicação com as autoridades húngaras e negaram veementemente qualquer insinuação sobre um pedido de asilo diplomático.


“São, portanto, equivocadas quaisquer conclusões decorrentes da matéria veiculada pelo jornal norte-americano, no sentido de que o ex-presidente tinha interesse em alguma espécie de asilo diplomático, conclusão a que se chega bastando considerar a postura e atitude que sempre manteve em relação às investigações a ele dirigidas”, completou a defesa.


Essa resposta direta de Bolsonaro surge em meio a uma crescente pressão e especulação em torno de sua situação legal. Narrativas que clamam pela prisão preventiva do ex-presidente estão em ascensão, com alguns veículos de mídia indo além, como o jornalista Ricardo Noblat, que mencionou a possibilidade de uma "tornozeleira eletrônica".


A defesa de Bolsonaro rejeita veementemente essas narrativas, classificando-as como parte de uma perseguição cada vez mais intensa contra o ex-presidente. A resposta do ex-presidente visa dissipar quaisquer dúvidas sobre suas intenções durante sua estadia na embaixada e reafirmar sua postura diante das investigações que o envolvem.


Enquanto o embate jurídico entre Bolsonaro e o STF continua, o país observa atentamente os desdobramentos desse confronto, que promete influenciar não apenas o destino do ex-presidente, mas também o panorama político e judicial do Brasil.

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