Deputado líder da oposição explica objetivos de Moraes: ‘amedrontar o Parlamento, ameaçar parlamentares, controlar a opinião pública’

Durante uma coletiva que reuniu parlamentares supostamente perseguidos em inquéritos políticos conduzidos pelas cortes superiores, o deputado Filipe Barros, líder da oposição na Câmara dos Deputados, fez uma pronunciamento incisivo sobre os objetivos por trás desses inquéritos, acusando o ministro Alexandre de Moraes de amedrontar o Parlamento, ameaçar parlamentares e controlar a opinião pública.


Barros destacou a decisão recente do ministro Celso de Mello de divulgar o conteúdo da reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, argumentando que, pelos mesmos fundamentos, os inquéritos conduzidos por Moraes e seus colegas deveriam ser tornados públicos.


O deputado citou dois casos emblemáticos: o inquérito das fake news, aberto há mais de 1000 dias, e o inquérito das "milícias digitais", ambos em sigilo e sem conclusão, sem que os investigados tenham acesso aos processos. Ele enfatizou que essa falta de transparência tem sido utilizada como instrumento de amedrontamento e controle da opinião pública.


Barros conclamou o Congresso Nacional a agir, anunciando que acionará as Procuradorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para solicitar ao STF que levante o sigilo de todos esses processos.


Os inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Moraes têm sido alvo de críticas não apenas de parlamentares, mas também de juristas e da sociedade em geral. A ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já denunciou o desrespeito ao devido processo legal e à violação do sistema acusatório. Além disso, inúmeros juristas e obras literárias têm destacado os excessos cometidos por Moraes em seus inquéritos.


A imprensa internacional também tem acompanhado de perto as denúncias contra o ministro, e até mesmo seus colegas no STF têm levantado preocupações sobre suas ações. O ministro Kássio Nunes Marques, por exemplo, mencionou violações de direitos humanos em prisões ordenadas por Moraes.


No contexto político atual do Brasil, a acusação de perseguição a pessoas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro é alarmante. Muitos cidadãos estão sendo tratados como sub-cidadãos e enfrentando medidas arbitrárias, como prisões políticas e apreensões de bens, apenas por expressarem suas opiniões.


O chamado para a transparência nos inquéritos e o apelo por respeito às garantias constitucionais refletem a preocupação com o estado de direito e a democracia no país, destacando a importância do debate público e do escrutínio das ações do poder judiciário.

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