Deputado perseguido por Moraes pede fim dos sigilos: 'inquéritos malucos'

Durante uma acalorada sessão no plenário da Câmara dos Deputados, o parlamentar Cabo Junio Amaral fez um contundente discurso denunciando violações aos direitos fundamentais dos cidadãos no Brasil, destacando especialmente a perseguição política e a falta de transparência nos inquéritos conduzidos em cortes superiores. O deputado expressou sua preocupação com o que ele descreveu como "inquéritos malucos, fantasiosos, que servem para atentar contra a democracia e perseguir a oposição".


Amaral enfatizou que mais de 20 parlamentares estão enfrentando perseguição e violações de seus direitos constitucionais, não apenas no exercício de suas prerrogativas parlamentares, mas também em sua condição de cidadãos. Ele ressaltou que inquéritos conduzidos no Supremo Tribunal Federal (STF) há mais de cinco anos têm sido usados como instrumentos para constranger o Poder Legislativo e reprimir a oposição política.


O deputado enfatizou a necessidade urgente de acabar com o sigilo nessas investigações políticas, destacando que os parlamentares não têm acesso ao conteúdo dos inquéritos que os envolvem, o que os impede de se defender adequadamente. Ele instou seus colegas a se unirem para pôr fim a essa situação, afirmando que o Congresso Nacional não pode mais se submeter voluntariamente a um poder que busca dominar sobre os demais.


Amaral também criticou a omissão do Congresso diante desses abusos, observando que o Legislativo não apenas se sujeita ao Judiciário, mas também se comporta de maneira servil em relação ao Executivo. Ele alertou para o perigo de uma democracia enfraquecida e destacou o papel crucial que o Congresso tem na restauração do equilíbrio entre os poderes.


Além disso, o deputado apontou para uma disparidade na maneira como as manifestações políticas são tratadas no país, destacando que enquanto as manifestações de esquerda raramente são questionadas ou investigadas, aquelas que defendem a liberdade e respeito à Constituição são alvo de perseguição e inquéritos sigilosos.


Nos últimos anos, milhões de brasileiros têm saído às ruas de forma pacífica para reivindicar seus direitos e liberdades fundamentais, mas muitos acabam sendo alvo de repressão e perseguição por parte das autoridades. Amaral enfatizou que é responsabilidade do Congresso Nacional, especialmente dos deputados, defender esses direitos e garantir que a democracia seja preservada.


O discurso inflamado de Cabo Junio Amaral ecoou nos corredores do Congresso e entre os cidadãos, gerando debates acalorados sobre o estado atual da democracia no Brasil e as medidas necessárias para proteger os direitos individuais e as liberdades civis. Enquanto isso, a pressão sobre as autoridades para uma maior transparência nos inquéritos políticos e uma revisão dos processos de investigação continua a crescer.

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