Dólar sobe para R$ 5,20 devido a tensões no Oriente Médio e declaração do ministro da Fazenda
Nesta segunda-feira (15), o dólar operou em alta, ultrapassando a marca de R$ 5,20, refletindo a escalada dos conflitos no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel durante o fim de semana. A tensão geopolítica na região contribuiu para um cenário de aversão ao risco nos mercados internacionais, levando os investidores a buscarem ativos considerados mais seguros, como o dólar.
Embora haja a expectativa de que Israel não continue os ataques, os mercados operaram com uma certa dose de cautela ao longo do dia. A moeda americana continuou ganhando força em relação ao real e outras moedas de países emergentes, mesmo com uma ligeira diminuição da tensão geopolítica.
Além dos eventos no Oriente Médio, a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também influenciou a alta do dólar. Durante uma entrevista, Haddad confirmou que a meta do governo Lula 3 é atingir um déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Essa declaração aumentou a incerteza no mercado, contribuindo para a valorização da moeda americana.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, operou com volatilidade ao longo do dia, oscilando entre altas e baixas. O mercado de ações refletiu a cautela dos investidores diante do cenário geopolítico tenso e das declarações do ministro da Fazenda, que impactaram tanto o dólar quanto o mercado de ações.
Às 14h40, o dólar estava cotado a R$ 5,1999, representando uma alta de 1,54%. Durante o dia, a moeda americana chegou a atingir a máxima de R$ 5,2149, mostrando a intensidade da pressão de compra sobre o real. Esses números destacam a sensibilidade do mercado a eventos geopolíticos e a declarações de autoridades governamentais, que podem influenciar significativamente as taxas de câmbio e os preços dos ativos financeiros.
Enquanto os investidores monitoram de perto os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio e as políticas econômicas do governo, a volatilidade nos mercados financeiros deve persistir. A incerteza quanto aos rumos da economia global e as políticas internas do Brasil continuam sendo os principais fatores de influência sobre o comportamento do dólar e dos mercados de ações.