Elon Musk: ‘EUA não permitem que Twitter/X viole leis de outros países, como quer Moraes’


 Elon Musk Afirma que Leis Americanas Não Permitem Transgressão de Leis Soberanas em Outros Países


Na tarde desta segunda-feira, 15 de abril, Elon Musk, o cérebro por trás do Twitter/X, fez uma declaração contundente sobre a posição legal de sua empresa em relação às leis soberanas de outras nações. O magnata afirmou que as leis dos Estados Unidos não permitem que o Twitter/X viole as leis de outros países, em especial referindo-se às recentes demandas do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, e mencionou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e uma figura central nas recentes polêmicas envolvendo a plataforma.


A declaração de Musk veio como resposta a uma postagem da equipe institucional do Twitter/X, que confirmou ter encaminhado uma opinião ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA sobre as decisões do STF brasileiro. "As leis dos Estados Unidos impedem o Twitter/X de participar de corrupção que viole as leis de outros países", explicou Musk. "É o que Alexandre de Moraes exige que façamos."


A equipe institucional do Twitter/X explicou que o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA solicitou informações à X Corp sobre as determinações do STF brasileiro, especialmente em relação à regulação do conteúdo online. Em conformidade com as obrigações legais nos Estados Unidos, o Twitter/X forneceu uma resposta ao comitê.


Essa troca de comunicações entre o Twitter/X e o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA não é o único desenvolvimento recente nesse complexo enredo jurídico. Anteriormente, o departamento de defesa do escritório brasileiro do Twitter/X enviou um documento a Moraes, a pedido do Congresso dos Estados Unidos. O documento solicita acesso aos e-mails das ordens judiciais emitidas pelo juiz brasileiro e direcionadas à X Corp.


A entrega desses documentos ocorreu no último fim de semana e foram anexados à investigação em curso sobre as "milícias digitais". Moraes continua sendo o relator do inquérito no STF. Segundo o jornal Gazeta do Povo, o comitê norte-americano solicitou que a X Corp encaminhasse "todas as ordens" de Moraes relacionadas à censura, especificamente aquelas referentes à moderação, exclusão, suspensão, restrição ou redução da circulação de conteúdo, bem como a remoção ou bloqueio de contas.


Essa série de eventos destaca as complexidades que surgem quando empresas globais como o Twitter/X interagem com diferentes jurisdições legais ao redor do mundo. O embate entre as leis nacionais e a natureza transnacional da internet frequentemente gera tensões e desafios significativos para todas as partes envolvidas.


A posição de Musk e do Twitter/X reflete uma tentativa de equilibrar as exigências legais e éticas em diferentes países. No entanto, as ramificações dessas decisões vão além dos aspectos legais, impactando diretamente a liberdade de expressão e a regulação do conteúdo online em escala global.


À medida que essa saga jurídica se desenrola, é evidente que questões sobre soberania nacional, liberdade de expressão e responsabilidade corporativa estão no centro do debate. Como as empresas de tecnologia como o Twitter/X navegam nesse cenário delicado continuará a ser uma questão crucial, não apenas para elas mesmas, mas também para a sociedade como um todo.

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