A deputada federal Carla Zambelli está solicitando uma investigação urgente e esclarecimentos sobre a megalicitação do Palácio do Planalto, envolvendo a contratação de agências para supostas campanhas de combate à disseminação de notícias falsas. Segundo a parlamentar, todas as agências vencedoras têm conexões com algum ministro ou pessoa ligada ao presidente Lula.
"A Parlamentar tomou conhecimento pela imprensa que o Governo Federal promoveu uma megalicitação, na qual diversas agências foram contratadas com o objetivo de combater as chamadas 'fake news'. No entanto, todas as agências vencedoras, de acordo com a reportagem, possuem ligação com algum ministro ou pessoa próxima ao Presidente Lula", declarou Zambelli em nota.
A situação chama atenção pelo fato de que o resultado da megalicitação foi divulgado à imprensa um dia antes da realização do pregão, violando o princípio de sigilo das propostas, essencial em concorrências públicas. Diante dessas evidências, Zambelli afirma que há fortes indícios de improbidade administrativa cometida pelo Poder Executivo Federal, o que justifica a denúncia por possível ofensa a diversos princípios constitucionais.
A deputada utilizou suas redes sociais para compartilhar trechos de uma matéria publicada pelo site O Antagonista, que detalha os fatos e as suspeitas de irregularidades. Segundo a matéria, os 197 milhões de reais destinados pelo Palácio do Planalto para combater as fake news serão divididos entre quatro agências amigas do governo Lula, levantando suspeitas sobre o processo.
Entre as agências beneficiadas está a Área Comunicação (AD), associada a Otávio Antunes, marqueteiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outra agência é a Usina Digital (US), vinculada a Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na última campanha. A Br+ (BRplus), de Fausto Trindade, e a agência Moringa L2W3 (M) também estão envolvidas no processo.
Diante dessa situação grave, a bancada conservadora do Congresso Nacional está se mobilizando para convocar os envolvidos no suposto esquema a prestar depoimento em comissões. O primeiro nome da lista é o do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
A solicitação de investigação do caso pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal (MPF) é crucial para esclarecer as possíveis irregularidades e garantir a transparência e lisura nos processos de contratação do governo. O desenrolar desse caso promete gerar ainda mais repercussões no cenário político nacional.