Governo Lula Utilizou Grandes Somas em Dinheiro Vivo para Despesas Oficiais Durante seu Mandato
Uma revelação feita pelo colunista Lúcio Vaz, do site Gazeta do Povo, neste domingo (14), trouxe à tona uma prática pouco convencional de gastos durante os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os dados obtidos pela Agência Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação, o governo utilizou grandes quantias em dinheiro vivo para pagamento de serviços durante a primeira década dos anos 2000.
Um dos exemplos mais marcantes é o pagamento de R$ 128 mil em dinheiro para aluguel de veículos em uma única transação, realizada em julho de 2004. Esse valor foi destinado ao fretamento de veículos de uma empresa chamada Renaro Locadora, representando apenas uma das despesas significativas feitas pelo governo nesse formato. Em junho do mesmo ano, outra locação na mesma empresa já havia sido arcada por R$ 92 mil.
Os dados revelam que as locações de veículos e combustível para a escolta presidencial custaram aos cofres públicos R$ 2,9 milhões somente nos anos de 2003 e 2004, períodos de maior volume de saques em dinheiro do governo Lula.
Além dos gastos com veículos, outra área que teve um alto volume de saques em espécie foi a hospedagem. Ao todo, foram destinados R$ 994 mil em dinheiro vivo para esse fim entre 2003 e 2004. Um exemplo citado foi a inauguração de uma usina de processamento de gás natural em Urucu, no Amazonas, onde a despesa com hospedagem em um hotel local atingiu R$ 37 mil.
Questionado sobre esses gastos em dinheiro vivo, o governo respondeu que, na época, ainda não havia contratos por meio de licitação para prestação de serviços com pagamento de aluguéis de veículos nos deslocamentos em viagens presidenciais em território nacional. Além disso, alegou que o cartão de pagamento do governo federal ainda estava em implementação e que a modalidade de pagamento era pouco aceita pelos estabelecimentos, sendo necessário o saque para efetuar os pagamentos. A baixa aceitação do cartão de crédito do Banco do Brasil em alguns países também foi citada como motivo para os saques em dinheiro.
Essa revelação lança luz sobre práticas de gastos pouco comuns durante os mandatos do presidente Lula e levanta questões sobre a transparência e a eficiência dos processos de pagamento do governo na época. A utilização de grandes somas em dinheiro vivo para despesas oficiais, especialmente em uma era em que métodos de pagamento eletrônico estavam disponíveis, certamente despertará debates sobre a prestação de contas e o uso responsável dos recursos públicos.