Uma declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a semana, reverberou intensamente nos círculos do agronegócio brasileiro. Ao proferir a frase: “Eu já estou comendo picanha com cerveja. Obviamente, quem não come picanha pode comer uma verdura saudável, plantada pela agricultura familiar”, Lula não apenas desencadeou reações de incredulidade, mas também desencadeou uma onda de indignação entre os representantes do setor agropecuário.
A ironia presente na declaração de Lula não passou despercebida pelos observadores atentos, principalmente quando contrastada com a realidade de milhões de brasileiros que lutam diariamente para garantir uma alimentação básica e digna. Enquanto Lula fazia referência à picanha, um corte de carne nobre, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para acessar alimentos essenciais, especialmente em meio a políticas de auxílio econômico e aumentos de preços.
Além disso, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), importante entidade que representa o setor agropecuário, reagiu prontamente à proposta de Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional. A ABPA expressou sua preocupação com a exclusão de carnes, como bovina, frango e suína, da lista de alimentos isentos de tributação na cesta básica nacional proposta pelo governo.
Para a ABPA, essa exclusão representa um equívoco grave e uma injustiça para com os produtores e consumidores brasileiros. A carne, seja ela bovina, de frango ou suína, é uma fonte fundamental de proteína na dieta da população e sua tributação apenas agravaria as dificuldades enfrentadas por milhões de brasileiros.
Diante desse cenário, a ABPA está mobilizando seus esforços para sensibilizar os parlamentares sobre a importância de corrigir essa lacuna na proposta da Reforma Tributária. A entidade argumenta que a inclusão das carnes na lista de alimentos isentos de tributação é crucial para garantir o acesso da população a uma alimentação adequada e para promover o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário brasileiro.
A posição da ABPA reflete a preocupação legítima de um setor que desempenha um papel fundamental na economia nacional e na segurança alimentar do país. O agronegócio brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e qualidade, e a tributação injusta sobre produtos agrícolas básicos representaria um retrocesso significativo para todo o setor.
Nesse sentido, a ABPA está trabalhando ativamente para garantir que as vozes dos produtores e consumidores sejam ouvidas no debate sobre a Reforma Tributária. A entidade está engajada em um diálogo construtivo com os legisladores e espera que suas preocupações sejam levadas em consideração durante o processo de elaboração e votação da legislação.
À medida que o Congresso Nacional continua a debater a Reforma Tributária, a ABPA permanece vigilante em sua defesa dos interesses do setor agropecuário e da população brasileira como um todo. A entidade está determinada a garantir que as políticas públicas promovam a inclusão social, a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do país.