Senado publicou livro que chama Jair Bolsonaro de “fascista”


Senado Federal Publica Livro com Críticas a Bolsonaro: "100 Vozes pela Democracia"


O Senado Federal divulgou recentemente um livro intitulado "100 Vozes pela Democracia", financiado com verba pública, que contém críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o chamando de "fascista" e "o pior presidente do Brasil de todos os tempos".


A obra, que teve um custo de R$ 39,5 mil para os cofres públicos na produção de mil exemplares, apresenta uma coletânea de artigos de opinião de diversas figuras políticas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Além disso, seis ministros do governo Lula e diversos parlamentares também contribuíram com seus textos.


Entre os destaques do livro, está a acusação da senadora Gleisi Hoffmann de que o governo Bolsonaro promove uma "agenda antipovo, neoliberal, entreguista e destruidora de vidas e direitos", além da declaração da senadora Eliziane Gama de que Bolsonaro é "o pior presidente do Brasil de todos os tempos".


A organização dos artigos foi realizada por Fernando Guimarães Rodrigues, líder da entidade Direitos Já! Fórum pela Democracia, que reúne críticos e opositores de Jair Bolsonaro desde 2019. Em outubro de 2023, durante o lançamento do livro, Fernando destacou a importância da autocrítica para evitar o avanço do autoritarismo no país.


O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso e presidente do Conselho Editorial do Senado, esteve presente no lançamento e elogiou a obra, enfatizando que "todos os espectros políticos têm espaço na democracia", mas ressaltou que não há espaço para o fascismo e o autoritarismo.


Além das críticas políticas, o livro também recebeu contribuições de personalidades da sociedade civil, todos responsáveis pelos textos publicados, conforme afirmou o Senado ao site Metrópoles.


A publicação do livro gerou debates acalorados sobre o uso de verbas públicas para produções que possuem uma posição política clara, levantando questões sobre a imparcialidade e a responsabilidade na utilização dos recursos do Estado.


Enquanto alguns defendem a liberdade de expressão e a importância do debate democrático, outros questionam a parcialidade da obra e o uso dos recursos públicos para promover determinadas visões políticas.

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