Na tarde de hoje, o senador Eduardo Girão expôs, em um discurso contundente, a situação de um dos presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Girão destacou as injustiças cometidas e instou seus colegas do Senado a enfrentarem a responsabilidade de lidar com tais questões.
"Eu não posso me calar sobre injustiças de quem quer que seja, seja do PT ou do governo anterior, do Bolsonaro. Não posso", declarou Girão, enfatizando sua posição em relação à justiça e à equidade. O senador ressaltou as denúncias de comportamento abusivo por parte do Ministro Relator do inquérito em questão, salientando que esses incidentes têm repercussão internacional.
Girão trouxe à tona o caso do ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, que, segundo ele, está detido injustamente, com seus advogados negados acesso aos autos e suas petições de defesa ignoradas. Ele destacou ainda a transferência de Martins sem aviso prévio à família ou aos advogados, evidenciando o que ele chamou de "modus operandi" do Ministro Moraes.
"Esse tem sido o modus operandi do Ministro Alexandre de Moraes, ignorando o Ministério Público e interferindo... Parece que tem um Departamento da Polícia Federal exclusivamente à disposição dele", criticou Girão. Ele expressou preocupação com a situação atual do Brasil, mas ressaltou que o mundo está observando.
O senador alertou seus colegas sobre a conivência do Senado com os abusos cometidos, destacando a importância de exercer o poder legislativo para conter tais práticas. Ele recordou outros casos de presos políticos e afirmou que continuará a abordar essas questões em futuros discursos.
"A gente não tem direito a visitar", lamentou Girão, referindo-se à dificuldade de acesso aos detidos. Ele solicitou a intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para permitir as visitas aos presos políticos, destacando a necessidade de compreender a gravidade da situação.
O senador também ressaltou que o assédio aos presos políticos é parte de um padrão de tratamento desumano a um grupo de pessoas que expressaram livremente suas opiniões e apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou as medidas arbitrárias tomadas contra esses cidadãos, que têm seus direitos fundamentais desrespeitados.
Em meio a essa crise, Girão enfatizou a responsabilidade do Senado em proteger os direitos e garantias individuais dos cidadãos brasileiros. Ele conclamou seus colegas a agirem em defesa da justiça e do Estado democrático de direito, destacando a importância de confrontar os abusos de poder onde quer que ocorram.
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