A classe jornalística brasileira está sob os holofotes novamente, mas não pelos motivos mais louváveis. Recentemente, um texto publicado no Jornal da USP, escrito pelo jornalista Sérgio Quintanilha, trouxe à tona uma discussão acalorada sobre a querela entre Elon Musk e Alexandre de Moraes. Essa controvérsia exemplifica o diagnóstico contundente sobre a incultura e a burrice presunçosa que permeiam nossa intelligentsia.
O cerne da questão reside na abordagem do Sr. Quintanilha em relação à postura de Musk, alegando que o empresário endossa a narrativa da extrema direita no Brasil. No entanto, o texto deixa lacunas consideráveis ao não explicitar claramente essa narrativa, deixando margem para interpretações diversas.
Além disso, a crítica à atuação do Ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) suscita debates sobre a liberdade de expressão e os limites do poder judiciário. Enquanto alguns veículos de comunicação, como a Folha de S. Paulo e o Estadão, denunciam abusos e arbítrios, outros se mantêm em silêncio cúmplice.
É pertinente destacar o papel das Big Techs nesse contexto, especialmente em relação à censura e à manipulação de conteúdo. Exemplos de censura a páginas conservadoras e a remoção de matérias jornalísticas relevantes levantam questionamentos sobre a imparcialidade e a ética dessas plataformas.
A análise do Sr. Quintanilha parece simplista ao atribuir a motivação pecuniária como explicação para as ações de Musk. Essa visão reducionista reflete uma tendência marxista de interpretar as relações humanas exclusivamente pela ótica econômica, ignorando outros fatores e complexidades envolvidas.
A hipocrisia da esquerda também é evidenciada ao cobrar de Musk uma postura crítica em relação à China, enquanto historicamente minimiza ou ignora violações aos direitos humanos perpetradas pelo regime comunista chinês. Essa duplicidade de critérios revela uma desonestidade intelectual alarmante.
Em suma, a querela Elon Musk vs Alexandre de Moraes expõe não apenas as divergências políticas e ideológicas no Brasil, mas também as deficiências da classe jornalística e acadêmica em promover um debate honesto e plural. Enquanto a burrice presunçosa persistir, o país continuará enfrentando desafios urgentes e complexos.