A notícia surgiu após a manifestação de alguns membros do PT, que destacaram a atual situação em que o centrão controla 11 dos 38 ministérios. Um dos deputados, cujo nome não foi divulgado, questionou se as recentes adversidades enfrentadas pelo governo poderiam levar à formação de um time de apoio, ou se o governo continuaria com a prática de tratar mal aqueles que votam a favor e bem aqueles que votam contra.
A frustração dos petistas foi evidenciada em mensagens compartilhadas pelo Estadão, onde um parlamentar expressou surpresa com o tratamento preferencial dado pelo governo àqueles que votam contra seus interesses, comparando-o até mesmo com o período da ex-presidente Dilma Rousseff.
O descontentamento cresceu ainda mais após a Câmara dos Deputados manter o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro à criação do crime de divulgação de fake news em período eleitoral. Essas derrotas nas votações aumentaram a tensão interna no PT, com alguns parlamentares temendo que a instabilidade política que culminou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016 possa se repetir.
Um dos parlamentares expressou sua preocupação com as implicações das derrotas recentes não apenas no ambiente legislativo, mas também nas ruas, apontando para um aumento no número de greves e paralisações no serviço público. Ele alertou que o clima de insatisfação poderia se espalhar pela sociedade, evocando memórias de eventos passados e questionando se a história estaria se repetindo, desta vez com a extrema direita organizada.
A questão central que emergiu dessas discussões foi descrita como não apenas econômica, mas profundamente política. Os parlamentares do PT expressaram a necessidade de enfrentar esses desafios enquanto ainda é possível, reconhecendo a complexidade da situação.
Um dos pontos de tensão foi a derrubada do veto do presidente Lula à saída temporária de presos, conhecida como "saidinha", uma questão que o PT considerava uma questão de honra. O governo mobilizou ministros, incluindo Ricardo Lewandowski (Justiça) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), na tentativa de impedir a derrubada do veto, mas não obteve sucesso.
Diante desses eventos, fica evidente que o descontentamento entre os parlamentares do PT com o governo de Lula está em ascensão, levantando questões sobre o futuro da coalizão governamental e as estratégias políticas adotadas pelo Partido dos Trabalhadores no atual cenário político brasileiro.