Detalhes do plano macabro do PCC contra Moro são revelados

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya revelou um plano alarmante arquitetado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) com o objetivo de atacar a residência do ex-ministro da Justiça Sergio Moro em Curitiba. Durante uma participação no podcast "Fala Glauber" na última quarta-feira, 24, Gakiya expôs os detalhes do plano, destacando a ameaça iminente que rondava a família de Moro.


Segundo as informações divulgadas, a facção criminosa tinha a intenção de utilizar explosivos armazenados em uma chácara locada no Paraná para executar o ataque. Os explosivos, equipados com detonadores, foram encontrados enterrados em um barril na propriedade, revelando a gravidade da ameaça planejada pelo PCC.


Essa descoberta foi possível graças ao trabalho de inteligência realizado pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). A operação, denominada Sequaz e executada em março de 2023, resultou na expedição de mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados.


Durante a investigação, também foi revelado que o PCC alugou uma sala próxima ao escritório político de Moro, monitorando seus movimentos com o intuito de executar o ataque. A ambição da facção criminosa, conforme destacou Gakiya, era obter um "cadáver de excelência" por meio do assassinato de uma figura pública reconhecida mundialmente.


Um dos líderes identificados no plano foi Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, capturado durante a operação. Este desenvolvimento seguiu a delação de um ex-integrante do PCC ao Gaeco de São Paulo, evidenciando a importância das denúncias no combate ao crime organizado.


Além disso, durante o mesmo podcast, Gakiya abordou um recente racha interno dentro do PCC, envolvendo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Roberto Soriano, conhecido como Tiriça. Uma gravação de Marcola referindo-se a Tiriça como psicopata foi utilizada em um julgamento que resultou na condenação deste último a 31 anos e seis meses de reclusão por assassinar uma psicóloga da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).


Após a condenação, Tiriça acusou Marcola de delação e foi expulso do grupo como represália, evidenciando as disputas internas e a instabilidade dentro da organização criminosa.


Este episódio serve como um alerta para a gravidade das ameaças enfrentadas por figuras públicas e autoridades no Brasil, destacando a necessidade contínua de fortalecer as instituições de segurança e combate ao crime organizado. O trabalho de inteligência e a atuação conjunta entre Ministério Público, polícias e demais órgãos de segurança são essenciais para prevenir e combater essas ameaças e garantir a segurança da população.

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