No mundo do ex-presidente Lula, onde a realidade parece ter contornos próprios, a lógica política e econômica muitas vezes se distorce. É o que argumenta o jornalista Mario Sabino em sua recente análise sobre a controvérsia em torno da desoneração da folha de pagamento.
Segundo Sabino, no mundo de Lula, o governo tem carta branca para impor impostos draconianos sobre cidadãos e empresas, sem enfrentar consequências significativas. Nesse cenário, a desoneração da folha de pagamento, originalmente implementada como uma medida de socorro econômico durante o governo de Dilma Rousseff, tornou-se um campo de batalha político.
A desoneração da folha de pagamento foi concebida para ajudar 17 setores da economia, incluindo o da comunicação, a manterem seus níveis de emprego. No entanto, sua prorrogação contínua reflete a estagnação persistente da economia brasileira. O impasse entre o governo e o Congresso sobre o assunto chegou ao ápice quando o veto presidencial foi derrubado, estendendo a medida até 2027.
O governo Lula, ávido por receitas, contestou a decisão do Congresso, levando a questão à Suprema Corte. O ministro Cristiano Zanin, então, suspendeu a desoneração, provocando indignação entre os parlamentares, que se sentem cada vez mais desautorizados.
Para Sabino, este é mais um exemplo da dissonância entre o mundo real e o mundo de Lula. Enquanto no mundo real o governo deveria buscar soluções negociadas e responsáveis, no mundo de Lula, as decisões políticas muitas vezes parecem arbitrárias e desconectadas das necessidades econômicas reais.
A incerteza resultante da suspensão da desoneração da folha de pagamento deixou os departamentos contábeis das empresas em estado de choque. A falta de segurança jurídica, essencial para um ambiente empresarial saudável, é mais uma vez evidente. Sabino enfatiza que, no mundo real, o respeito à constitucionalidade e a estabilidade das políticas públicas são fundamentais para o progresso econômico e social.
Enquanto o Brasil navega entre o mundo real e o mundo de Lula, é essencial que se encontrem soluções que atendam aos interesses de todos os setores da sociedade. Sabino encerra sua análise alertando para a necessidade de um governo que priorize o diálogo e o equilíbrio entre as diferentes realidades que compõem o país.