"Quando entramos na Suprema Corte, o objetivo é sentar na mesa, negociar e cada empresário dizer o que vai fazer, ninguém garante que vai manter o emprego. Não tem nada escrito, queremos apenas seriedade dos empresários", ressaltou Lula durante a entrevista.
A questão da desoneração da folha de pagamento ganhou destaque recentemente quando o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu trechos da lei que prorrogava essa medida até 2027. A decisão atendeu a uma demanda da Advocacia-Geral da União (AGU), que alertou para um possível desajuste nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal.
Diante desse cenário, o Senado solicitou uma revisão do despacho do ministro, argumentando que os parlamentares estavam cientes do impacto nos gastos tributários ao votarem favoráveis à medida.
Além da questão da desoneração, o presidente Lula também abordou a meta do déficit zero e expressou sua irritação com notícias que se concentram exclusivamente nesse aspecto fiscal. Para ele, é fundamental considerar o "déficit social" e olhar para além das meras contas bancárias, priorizando o bem-estar da população.
"Às vezes fico irritado quando vejo muita notícia de déficit fiscal, é uma discussão inócua de um país sério. Celeridade fiscal eu tenho e já provei", afirmou Lula.
A busca por um equilíbrio entre as demandas empresariais e os interesses dos trabalhadores se torna cada vez mais relevante em um contexto econômico desafiador. As negociações entre o governo e o setor empresarial prometem ser intensas e devem envolver uma ampla gama de interesses e preocupações.
Enquanto isso, o país aguarda ansiosamente por desenvolvimentos nessa frente, que podem ter um impacto significativo na economia e no mercado de trabalho brasileiro.