Malafaia: “É o mas*sacre dos poderosos contra os indefesos”(veja o vídeo)

Durante a Marcha para Jesus 2024, realizada no Rio de Janeiro neste sábado (25), o pastor Silas Malafaia fez novas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de "ditador de toga". O foco de suas críticas foi a recente decisão de Moraes em suspender a resolução do Conselho Federal de Medicina que proibia o chamado "aborto por assistolia fetal", e também proibir investigações e processos contra médicos e instituições que utilizem esse método, considerado por Malafaia como um ato de "massacre dos poderosos contra os indefesos".


Malafaia enfatizou que a decisão concedida em caráter liminar por Moraes permite a prática de um método considerado proibido até mesmo para a pena de morte de adultos e para eutanásia, além de ser vetado para uso em animais. O pastor ressaltou que o método consiste em atingir o coração do feto até encontrar os vasos sanguíneos e interromper sua vida, uma prática que ele classifica como assassinato e um atentado contra a vida humana desde sua concepção.


Durante seu discurso inflamado, Malafaia também criticou o PSOL, a quem chamou de "Partido das Trevas", por ter questionado a decisão do Conselho Federal de Medicina que impedia mulheres vítimas de estupro de abortar após 22 semanas de gestação. Ele destacou a necessidade de uma legislação que impeça a realização de abortos no Brasil, fazendo referência ao Estatuto do Nascituro, que aguarda apreciação do presidente da Câmara, Arthur Lira.


O pastor fez um apelo aos cidadãos brasileiros para pressionarem tanto o presidente da Câmara quanto os ministros do STF a se posicionarem a favor da vida, destacando a importância de agir além das orações, e exigir que os representantes políticos tomem medidas efetivas para proteger a vida dos mais vulneráveis. Ele concluiu seu discurso com uma prece, pedindo a misericórdia de Deus sobre a nação e a proteção dos seres indefesos.


A fala de Silas Malafaia durante a Marcha para Jesus 2024 gerou reações diversas, com alguns apoiando suas posições e outros criticando sua abordagem. Enquanto alguns concordam com a defesa da vida desde a concepção e o repúdio ao aborto, outros questionam a intervenção religiosa em questões políticas e jurídicas, argumentando que a laicidade do Estado deve ser preservada.


Essa controvérsia ressalta a complexidade das discussões sobre direitos reprodutivos, ética médica e a separação entre religião e Estado no Brasil. Enquanto grupos religiosos como os evangélicos têm exercido influência significativa na formulação de políticas públicas, defensores dos direitos reprodutivos argumentam que as decisões relacionadas à saúde e ao corpo devem ser baseadas em evidências científicas e garantir a autonomia e os direitos das mulheres.
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