Na última segunda-feira (06), durante a cerimônia de homenagem pela medalha do centenário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fez uma declaração contundente: o desvio de fundos públicos é o "cupim da democracia".
A solenidade, realizada no Memorial da América Latina, marcou a primeira sessão solene em comemoração ao centenário do TCE-SP. Diversas personalidades políticas foram homenageadas, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governador Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Michel Temer, o vice-governador Felicio Ramuth, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo André Prado, e os ex-governadores José Serra, João Dória, Rodrigo Garcia e Márcio França.
Durante seu discurso, Moraes destacou o papel fundamental do Tribunal de Contas na luta contra a corrupção, descrevendo-o como uma das "instituições mais importantes no combate à corrupção". Ele ressaltou a importância da atuação do TCE-SP na prevenção e educação contra irregularidades, afirmando que isso é essencial para "garantir que cada centavo do dinheiro público seja aplicado corretamente".
Citando Cícero, o ministro enfatizou que a corrupção impacta a comunidade de duas maneiras: "não só pelo dinheiro público não chegar à sociedade, mas pelo mal exemplo que ela dá".
Além disso, Moraes destacou a parceria entre o Tribunal de Contas e a Justiça Eleitoral na "verificação da elegibilidade de candidatos". Essa colaboração é vista como um passo importante na garantia da integridade do processo eleitoral e na prevenção de práticas corruptas que possam comprometer a democracia.
A declaração do ministro do STF ressoa em um momento crucial para o Brasil, onde a luta contra a corrupção continua sendo uma prioridade para muitos setores da sociedade. Nos últimos anos, o país tem testemunhado uma série de escândalos de corrupção que abalaram as estruturas políticas e econômicas, gerando uma demanda crescente por medidas eficazes de combate à corrupção e de promoção da transparência e prestação de contas.
Nesse contexto, as palavras de Alexandre de Moraes ecoam como um lembrete importante sobre a necessidade de fortalecer as instituições responsáveis pelo controle e fiscalização dos gastos públicos, bem como de promover uma cultura de integridade e ética na gestão pública.
À medida que o país avança em direção a novos desafios e oportunidades, a mensagem do ministro do STF serve como um chamado à ação para todos os envolvidos na esfera pública: a luta contra a corrupção não é apenas uma questão de princípio, mas sim um imperativo moral e democrático que deve ser abraçado por todos os cidadãos e instituições comprometidos com o bem comum e o futuro da nação.