Na tarde desta sexta-feira (07/05/2024), o empresário e jornalista brasileiro Paulo Figueiredo fez um discurso contundente perante o Congresso Americano, denunciando as violações de direitos humanos e as ameaças à liberdade de expressão no Brasil. Em um pronunciamento corajoso e emocionante, Figueiredo compartilhou sua própria experiência como vítima da repressão do sistema judiciário brasileiro.
Figueiredo iniciou seu discurso apresentando seu histórico familiar, destacando a longa tradição de luta contra a tirania que sua família carrega consigo. Ele relembrou o legado de seu bisavô, o general Euclides Figueiredo, e de seu avô, João Figueiredo, que foram importantes figuras na história política brasileira, lutando pela democracia e pelos direitos individuais.
O jornalista explicou como, por exercer sua profissão de forma ética e comprometida, tornou-se alvo de uma série de perseguições e represálias por parte das autoridades brasileiras. Ele relatou ter sido censurado, com seus bens congelados e seu passaporte cancelado, tudo isso sem o devido processo legal.
Figueiredo destacou que sua trajetória de perseguição começou em dezembro de 2022, após as eleições presidenciais no Brasil, quando suas redes sociais foram canceladas e sua liberdade de expressão foi cerceada. Ele também mencionou a pressão sobre a rede de televisão em que trabalhava, que acabou demitindo seus comentaristas conservadores e adotando uma postura mais alinhada ao governo.
Apesar de ter continuado seu trabalho em plataformas online, como Rumble e Locals, Figueiredo enfrentou novos obstáculos quando essas plataformas foram fechadas para os brasileiros devido a ordens judiciais de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
O jornalista ressaltou que não foi o único alvo da repressão. Ele citou outros profissionais da mídia e figuras públicas que também foram vítimas de perseguição, incluindo jornalistas premiados, congressistas e até mesmo um ex-procurador.
Figueiredo apontou Alexandre de Moraes como o principal responsável pela onda de censura e perseguição no Brasil. Ele criticou o poder excessivo concedido ao ministro, que atua como juiz, investigador e procurador, sem garantias de devido processo legal.
Além disso, o jornalista alertou para a influência internacional na censura no Brasil, mencionando a participação de agências e organizações estrangeiras no fortalecimento das práticas autoritárias.
No final de seu discurso, Figueiredo fez um apelo ao Congresso Americano para que intervenha e apoie a luta pela liberdade de expressão no Brasil. Ele pediu sanções contra os responsáveis pelas violações de direitos humanos e enfatizou a importância de lançar luz sobre os acontecimentos que estão ocorrendo no país.
O discurso de Paulo Figueiredo no Congresso Americano representa um importante alerta sobre a situação dos direitos humanos e da liberdade de expressão no Brasil, destacando a necessidade urgente de ações para proteger esses valores fundamentais.
Abertura do depoimento de Paulo Figueiredo no Congresso americano. pic.twitter.com/zb0WO5ztnt
— Vista Pátria (@vista_patria) May 7, 2024