"Ontem tivemos um exemplo de como, com a mobilização do povo brasileiro, se conseguem grandes vitórias. O Congresso está de parabéns. Ontem, foi uma derrota fragorosa deste Governo, que, se continuar plantando o ódio, a vingança, a irresponsabilidade com o dinheiro do contribuinte, em querer destruir a família, em querer destruir a vida, valores e princípios do povo brasileiro, vai continuar levando derrotas", enfatizou o senador.
Girão também criticou a ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) ingressada pelos partidos PSOL, PCdoB e Solidariedade no STF. Essa ação visava suspender todos os acordos de leniência celebrados no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo o senador, os partidos alegam que os acordos foram obtidos sob coação e uso de prisões preventivas prolongadas.
"É muito estranho que esses partidos de menor expressão política, os ditos 'nanicos', vão ao STF depois de tantos anos confrontar esses acordos, sendo que eles foram firmados, na enorme maioria das vezes, sob provas robustas e confissões de corruptos, todos do alto escalão na hierarquia de empresas corruptoras, como diretores, presidentes ou mesmo os donos das companhias", ressaltou Girão.
O senador destacou que a Operação Lava Jato resultou em 278 acordos de leniência homologados, o que gerou o compromisso de devolução de R$ 22 bilhões aos cofres públicos. Ele também mencionou o apoio internacional à operação, com informações e aval de órgãos de investigação internacionais e grandes instituições financeiras de países europeus, como a Suíça.
Além disso, Girão criticou a decisão do STF que beneficiou Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira Odebrecht, suspendendo todas as ações penais em curso contra ele, mesmo sendo réu confesso.
"Para o senador, a Lava Jato começou a ser 'desconstruída' e 'devastada' a partir de 2019, quando passou a ser menosprezada pelos três Poderes da República", relatou.
"Inclusive o que a gente faz parte, o Poder Legislativo, quando vota, na calada da noite, aquela situação toda, a Lei de Abuso de Autoridade, o Pacote Anticrime, é desfigurado, uma série de coisas e, quando o STF, num dos maiores malabarismos jurídicos já vistos, mudou em apenas três anos o entendimento sobre a prisão em segunda instância por seis votos a cinco, preparando o terreno para a escandalosa decisão que suspendeu a condenação de Lula", concluiu o senador.
A posição firme de Eduardo Girão reflete a preocupação com os rumos da justiça no Brasil e a necessidade de manter o combate à corrupção e à impunidade. Suas declarações evidenciam a importância da participação popular e da atuação dos órgãos de controle para garantir a transparência e a integridade nas instituições do país.