Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) surpreendeu o advogado Fernando Magalhães com uma operação de busca e apreensão em sua residência e escritório. As autoridades apreenderam bens de luxo, incluindo um Porsche e um jatinho, ambos suspeitos de terem sido adquiridos com recursos de origem criminosa.
O advogado, conhecido por ter representado Adélio Bispo, autor do atentado à faca contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, agora enfrenta acusações graves. A PF encontrou indícios de que Magalhães estaria envolvido em atividades de lavagem de dinheiro em benefício da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A aeronave apreendida, com as iniciais do advogado na fuselagem, está avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão. Essa descoberta levanta sérias questões sobre a possível participação de Magalhães em atividades ilícitas de grande escala.
No entanto, apesar das evidências contra o advogado, a PF não encontrou provas de que o PCC tenha financiado a defesa de Adélio Bispo. Ao que parece, Magalhães e outros advogados teriam assumido o caso de Adélio em busca de notoriedade pública, e não necessariamente por motivos financeiros.
Atualmente, Adélio Bispo é representado pela Defensoria Pública da União, após ter encerrado seu vínculo com Magalhães e sua equipe. Esse desligamento pode indicar uma possível ruptura devido às crescentes suspeitas contra o advogado.
Em uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, esclareceu que as investigações não encontraram nenhuma ligação entre o advogado e o atentado contra o ex-presidente Bolsonaro. Apesar das denúncias recebidas pela corporação, as conclusões da investigação descartam qualquer vínculo entre os eventos.
Rodrigues afirmou: "Comprovamos a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma conexão com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Encerramos essa investigação e sugerimos o arquivamento em relação ao atentado".
Além das apreensões de bens, a PF solicitou o bloqueio de R$ 200 milhões nas contas de Fernando Magalhães. Essa medida visa interromper qualquer fluxo financeiro que possa estar relacionado às atividades ilícitas investigadas.
As suspeitas sobre Magalhães e sua suposta associação com o crime organizado não são recentes. As autoridades vêm investigando essa ligação desde 2021, e a operação de hoje é o desdobramento desses esforços de investigação.
Essa revelação chocante destaca a importância contínua das autoridades em combater atividades criminosas, especialmente quando envolvem indivíduos com posições de destaque na sociedade, como advogados. A operação da PF serve como um lembrete claro de que ninguém está acima da lei, independentemente de sua profissão ou status social.
Os desdobramentos futuros desse caso serão acompanhados de perto pela opinião pública, à medida que mais detalhes emergem sobre as atividades de Magalhães e seu possível envolvimento com o crime organizado.