O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), esteve presente na final da Champions League entre Real Madrid e Borussia Dortmund, no estádio de Wembley, em Londres. A viagem, registrada em ordem bancária emitida no último dia 27 e localizada nos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), gerou polêmica devido ao custo para os cofres públicos.
Segundo informações divulgadas pela Folha de São Paulo, o STF desembolsou R$ 39 mil em diárias internacionais para custear a segurança do ministro durante sua estadia no Reino Unido, que incluiu a ida à final da Champions League. O segurança acompanhou Toffoli de 25 de maio a 3 de junho, período que abrangeu o evento esportivo.
Apesar da viagem, o ministro participou remotamente da sessão do Supremo Tribunal Federal no dia 29 de maio. O órgão se recusou a confirmar os detalhes da viagem de Toffoli e suas agendas no exterior, mas afirmou que o ministro continuava trabalhando em seus votos, decisões e participando das sessões colegiadas, mesmo durante sua estadia no exterior.
Essa não foi a primeira vez que o STF desembolsou recursos públicos para custear a segurança de Toffoli em eventos internacionais. Semanas antes, o tribunal já havia gasto R$ 99,6 mil para um segurança acompanhar o ministro em eventos realizados em Londres e Madri, na Espanha.
Durante a final da Champions League, Toffoli assistiu à vitória do Real Madrid por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund ao lado do empresário Alberto Leite. A presença do ministro em um evento esportivo de renome internacional, em meio a uma viagem oficial, levantou questionamentos sobre o uso dos recursos públicos e a prioridade dada a atividades não relacionadas ao trabalho do STF.
A polêmica em torno da viagem de Toffoli destaca a necessidade de transparência e responsabilidade na utilização dos recursos públicos, especialmente quando se trata de autoridades governamentais. O episódio levanta debates sobre a ética no serviço público e a prestação de contas por parte dos representantes eleitos e indicados para cargos importantes no governo e no sistema judiciário.