O programa "Fantástico", uma das produções mais tradicionais da televisão brasileira, exibida pela Rede Globo, enfrentou no último domingo (16) uma nova queda significativa em sua audiência. Segundo dados da Kantar Ibope em São Paulo, o programa atingiu apenas 15,9 pontos, configurando a segunda pior marca do ano.
Esse resultado representa uma nova queda em comparação aos 16,3 pontos registrados no dia 2 de junho. Além disso, aproxima-se do pior desempenho do ano, que ocorreu em 11 de fevereiro, durante o domingo de carnaval, quando o programa obteve apenas 15,7 pontos de ibope.
A situação se agrava quando comparada à audiência dos programas que antecederam o "Fantástico". O jogo do Brasileirão entre Corinthians e São Paulo, exibido antes do programa, alcançou 24,3 pontos de ibope, demonstrando um forte desempenho e grande interesse do público. Em seguida, o "Domingão com Huck" registrou 18,8 pontos, uma marca consideravelmente superior à do "Fantástico".
Diversos fatores podem estar contribuindo para essa queda na audiência. Especialistas apontam para mudanças nos hábitos de consumo de mídia, com um crescente número de telespectadores migrando para plataformas de streaming e conteúdos on-demand. Além disso, a concorrência com outros programas de entretenimento e a internet tem se intensificado, oferecendo ao público uma variedade cada vez maior de opções no horário nobre.
A dupla de apresentadoras Maju Coutinho e Poliana Abritta, que têm se esforçado para manter a relevância e o dinamismo do programa, enfrenta agora o desafio de reconquistar o público. A direção do "Fantástico" pode precisar considerar mudanças estratégicas no formato do programa, na seleção de pautas e até mesmo em sua duração, para se alinhar melhor aos interesses e comportamentos do público moderno.
A queda na audiência do "Fantástico" tem repercussões significativas não só para a Rede Globo, mas também para o mercado publicitário. O programa, historicamente um dos mais prestigiados e valiosos em termos de espaço publicitário, pode ver uma redução no valor de seus intervalos comerciais se essa tendência de queda não for revertida. Isso pode influenciar diretamente as receitas da emissora e a estratégia de venda de publicidade.
Nas redes sociais, a reação do público tem sido mista. Alguns telespectadores manifestam saudosismo pelo antigo formato do programa e sugerem que o "Fantástico" perdeu parte de seu apelo original. Outros, no entanto, elogiam as mudanças recentes e a tentativa de inovar, mas apontam que a concorrência com o streaming e outras plataformas digitais está afetando a capacidade de retenção de audiência.
Para reverter essa situação, a produção do "Fantástico" pode ter que explorar novas abordagens. Investir em reportagens investigativas de alto impacto, explorar temas mais diversificados e relevantes para diferentes faixas etárias, e integrar mais elementos interativos e digitais ao programa são algumas das estratégias possíveis. Além disso, aumentar a presença nas redes sociais e plataformas digitais pode ajudar a reconectar o programa com um público mais jovem e dinâmico.
O "Fantástico" enfrenta um momento crítico em sua longa trajetória na televisão brasileira. Com a audiência em declínio e a concorrência cada vez mais acirrada, o programa precisa se reinventar para continuar sendo relevante e atrativo para os telespectadores. A equipe de produção, juntamente com as apresentadoras Maju Coutinho e Poliana Abritta, tem um desafio significativo pela frente: transformar a crise atual em uma oportunidade de renovação e crescimento.
Enquanto a direção do "Fantástico" avalia suas opções, a situação serve como um lembrete das rápidas mudanças no consumo de mídia e a necessidade constante de adaptação e inovação na indústria televisiva. O futuro do "Fantástico" depende de sua capacidade de se adaptar às novas demandas do público e de encontrar maneiras criativas de manter sua relevância e atratividade no cenário midiático em constante evolução.