Malafaia detona a Globo e aplica lição em Luciano Huck (veja o vídeo)


O pastor Silas Malafaia, figura proeminente na comunidade evangélica brasileira e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), utilizou suas redes sociais recentemente para expressar críticas contundentes à TV Globo e ao apresentador Luciano Huck. O motivo da discordância pública foi a postura que Malafaia descreveu como tendenciosa em relação ao debate sobre o aborto, especialmente em casos de estupro.


Malafaia começou seu pronunciamento virtual destacando uma resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringe a realização de abortos em gestantes vítimas de estupro após cinco meses e meio de gestação, utilizando um método conhecido como assistolia. Para o pastor, essa regulamentação do CFM é crucial, pois, segundo ele, a partir desse estágio da gestação, o feto já possui viabilidade fora do útero materno.


"É importante lembrar que a lei brasileira permite o aborto em casos de estupro. O CFM apenas limitou esse direito após cinco meses e meio, o que é um avanço significativo para a proteção da vida", explicou Malafaia durante sua transmissão ao vivo, dirigindo-se aos seus seguidores.


No entanto, suas críticas mais ásperas foram dirigidas à cobertura jornalística da TV Globo e às opiniões de Luciano Huck sobre o assunto. Malafaia acusou a emissora e o apresentador de estarem alinhados com interesses abortistas e de esquerda, argumentando que essa posição compromete a integridade dos valores cristãos e da proteção à vida.


"O jornalismo da Globo e artistas como Luciano Huck estão claramente servindo a uma agenda que não respeita o direito à vida, especialmente a vida indefesa de um feto após cinco meses e meio de gestação", declarou Malafaia com veemência.


O pastor também fez questão de mencionar os métodos considerados extremamente cruéis para a realização de abortos tardios, como a assistolia e a extração do feto vivo seguida de sua morte fora do útero. Segundo ele, tais métodos são proibidos em contextos que envolvem até mesmo animais, como eutanásia e pena de morte, o que levanta questionamentos éticos profundos sobre a prática do aborto em estágios avançados da gestação.


"Estamos falando de práticas que são desumanas, que vão contra qualquer noção básica de ética e respeito à vida. E ainda assim, vemos setores da mídia e figuras públicas apoiando isso como se fosse algo aceitável", afirmou Malafaia em sua exposição.


Um dos pontos de maior conflito na discussão liderada por Silas Malafaia foi o Projeto de Lei 1.904/2024, que propõe penas mais severas para mulheres que praticam aborto do que para os próprios estupradores. Para o pastor, a defesa da vida do feto deve prevalecer sobre outras considerações legislativas, uma vez que, para ele, o direito à vida é o fundamento de todos os direitos humanos.


"Não podemos relativizar o valor da vida humana. O Código Penal prevê penalidades mais brandas para outros crimes se comparados ao ato de tirar deliberadamente uma vida inocente", argumentou Malafaia em resposta às críticas sobre a suposta desproporção entre as penas para crimes de aborto e de estupro.


Ao final de sua intervenção, o líder religioso ressaltou a importância de oferecer suporte integral às mulheres vítimas de estupro, garantindo-lhes acesso a serviços de saúde e apoio psicológico, além de alternativas como a adoção, como formas de preservar a vida tanto da mãe quanto do filho concebido.


"Estamos aqui não apenas para condenar, mas para oferecer soluções e compaixão às mulheres que enfrentam situações tão dolorosas. O amor e o respeito à vida devem sempre orientar nossas decisões e políticas públicas", concluiu Silas Malafaia em sua mensagem final.


Em meio a um debate cada vez mais acirrado sobre os direitos reprodutivos e a proteção à vida, as palavras do pastor Silas Malafaia ecoam intensamente entre seus seguidores e críticos. Enquanto uns o apoiam fervorosamente em sua defesa da vida desde a concepção, outros questionam suas interpretações sobre ética médica e direitos individuais.
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