Ontem, o ministro Paulo Pimenta provocou uma intensa polêmica ao usar a tragédia pessoal do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) em uma resposta pública. Questionado sobre a utilização de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar sua esposa, Pimenta respondeu de forma provocativa: "Sou ministro, participo de eventos públicos e muitas vezes a minha esposa me acompanha. Não posso dizer o mesmo do senhor. Se o senhor acha que tem alguma coisa estranha nisso, inclusive tenho uma relação com ela de respeito. A minha delegação sou eu que escolho e com ela eu mantenho uma relação de respeito, sem violência, sem agressão e para mim é um orgulho ela poder andar junto comigo."
A fala de Pimenta fez referência ao caso de 2020 envolvendo Bilynskyj. Na ocasião, a namorada do deputado, Priscila Barrios, disparou seis tiros contra ele e, em seguida, tirou a própria vida. A Polícia Civil de São Paulo concluiu que Priscila cometeu o ato, e o processo foi arquivado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Indignado com a declaração de Pimenta, Bilynskyj reagiu de forma contundente em um vídeo divulgado nas redes sociais. No vídeo, ele chamou o ministro de "bandido" e prometeu resolver pessoalmente o que classificou como um ataque sórdido. Visivelmente transtornado, o deputado expressou sua revolta com a insinuação feita por Pimenta, considerando a atitude desrespeitosa e insensível. "Esse tipo de comentário ultrapassa todos os limites do aceitável. Usar a tragédia que eu vivi como arma política é não só desumano, mas criminoso. Paulo Pimenta é um bandido e vou resolver essa questão pessoalmente", afirmou Bilynskyj.
A troca de acusações rapidamente ganhou repercussão no cenário político. Diversos parlamentares e figuras públicas manifestaram suas opiniões sobre o episódio. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pediu calma e respeito entre os colegas, enfatizando a necessidade de manter o decoro parlamentar. "Estamos num momento delicado da política nacional, e é essencial que nossos representantes mantenham a civilidade e o respeito mútuo. Discursos inflamados e ataques pessoais não contribuem para o debate democrático", declarou Lira em entrevista coletiva.
Nas redes sociais, a repercussão foi instantânea, com hashtags como #BilynskyjVsPimenta e #RespeitoJá dominando os trending topics no Twitter e outras plataformas. Apoio e críticas foram direcionados a ambos os lados. Defensores de Bilynskyj condenaram a postura de Pimenta, acusando-o de falta de empatia e ética. Por outro lado, apoiadores do ministro argumentaram que ele apenas se defendeu de acusações infundadas.
O caso mencionado por Pimenta ocorreu em 2020 e envolveu uma tragédia pessoal para Bilynskyj. Naquela ocasião, sua namorada Priscila Barrios atirou contra ele seis vezes e depois se suicidou. O incidente foi amplamente coberto pela mídia, gerando diversas especulações e teorias. Após investigação, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que se tratava de um ato cometido por Priscila, e o processo foi arquivado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Para Bilynskyj, a reabertura de feridas tão profundas e dolorosas para fins políticos é inadmissível. O deputado destacou que já havia enfrentado momentos extremamente difíceis devido à tragédia e que a utilização do ocorrido para ataques pessoais representa um novo nível de baixeza. Ele ressaltou que sua resposta a Pimenta não se trata apenas de uma defesa pessoal, mas de um repúdio a todas as formas de exploração política de tragédias pessoais.
O embate entre Bilynskyj e Pimenta promete não terminar tão cedo. Ambos os lados estão se preparando para uma batalha política e jurídica que pode ter desdobramentos significativos. Bilynskyj já indicou que pretende entrar com medidas legais contra Pimenta, buscando reparação pelo que considera um ataque infundado e desrespeitoso. A política brasileira, mais uma vez, se vê imersa em um conflito marcado por tensões pessoais e acusações graves, refletindo o clima polarizado e inflamado que domina o cenário nacional.